TSD/Açores: Desemprego cresce há seis meses na Região

Os TSD/Açores reafirmaram esta tarde, em Ponta Delgada, que o desemprego “é um problema grave na Região, sendo uma preocupação que temos razões para manter, quando se constata que o desemprego cresce nos Açores há seis meses”, afirmou o presidente da estrutura, Joaquim Machado.

Falando em conferência de imprensa, o social democrata frisou que, “qualquer que seja a sua expressão estatística, a falta de emprego é um drama social para quem vive essa situação. E tudo isso é mais grave quando o desemprego cresce sucessivamente nos Açores há seis meses, com uma tendência inversa à verificada na média nacional, e com valor bastante superior àquele que se regista no país”, afirmou.

Segundo Joaquim Machado, a taxa de desemprego real “é significativamente superior – deverá ser muito próxima dos 14% – quando considerados também os seis mil açorianos que estão integrados em programas ocupacionais. Ou seja, mais de 17 mil açorianos não têm emprego, o que se confirma pelo elevado número de beneficiários do RSI e o facto de sensivelmente dois terços dos alunos da Região estarem abrangidos pela Ação Social Escolar”, sublinhou aquele dirigente.

“A situação desmente, portanto, a propaganda descarada do Governo Regional, que sem pudor diz que a economia e as finanças estão bem e se recomendam, chegando ao ridículo de se comparar com outras economias europeias”, adianta o líder dos TSD no arquipélago.

Para Joaquim Machado, “a propaganda pode ser boa, mas a realidade é bastante diferente”, porque “as políticas de promoção do emprego falham em toda a linha, porque temos a segunda taxa mais alta de desemprego do país, e porque estamos acima da média nacional”.

“O desemprego desce no país há 24 meses e, nos Açores, sobe nos últimos seis meses. Só há uma justificação para este estado de coisas, a incompetência política do Governo Regional”, critica o responsável pelos trabalhadores social democratas na Região.

Ao fenómeno do desemprego crescente “junta-se a prevalência de baixos salários e o problema da precariedade e dos contratos, nomeadamente na Função Pública regional, onde também a realidade desmente a propaganda”, frisa Joaquim Machado.

No caso da Função Pública, “é o próprio Governo Regional a insistir na manutenção de casos de precariedade, desde logo com centenas de professores, mas também noutras áreas, a quem não se procedeu ainda à regularização de vínculos contratuais, ao arrepio do que está sendo feito a nível nacional”, destaca.

Segundo Joaquim Machado, “as 700 vagas anunciadas pelo Vice-Presidente do Governo tão pouco vão resolver estes problemas. Aliás, é mais uma manobra de pura propaganda, pois ninguém sabe, ao certo, qual é o número líquido de vagas a abrir na Administração Regional, isto é, de novos postos de trabalho, quando se deduzir a regularização dos vínculos, se preencherem as vagas deixadas pela passagem à reforma e se fizer a integração nos quadros de trabalhadores dos programas ocupacionais, mas que verdadeiramente correspondem a necessidades permanentes”, explica.

“Somos assim forçados a concluir mais duas coisas: que a crise continua nos Açores e que a governação de Vasco Cordeiro é bem pior do que a governação de António Costa”, conclui o líder regional dos TSD.

 

Taxa de Desemprego
Ano País Açores
2010 10,8 6,9
2011 12,7 11,5
2012 15,5 15,3
2013 16,2 17,0
2014 13,9 16,3
2015 12,4 12,8
2016 11,1 11,1
2017 8,9 9,0
1ºT 2018 7,9 8,9

 

 

Trabalhadores Ocupados
2010 1 413
2011 1 447
2012 1 554
2013 3 870
2014 5 128
2015 4 090
2016 6 751
2017 6 645
Fev 2018 5 996