Covid-19. PSD alerta para necessidades sociais que vão além dos apoios do governo

O deputado do PSD/Açores, Jaime Vieira, alertou esta segunda feira para “um conjunto de necessidades sociais e económicas, por via da pandemia do novo Coronavírus e das medidas de contingência impostas, que muitos açorianos já estão a sentir e que vão bem além dos apoios que o governo regional anunciou”, referiu.

O social democrata falava na Comissão de Assuntos Sociais, onde questionou a Secretária Regional da Solidariedade Social sobre a matéria, querendo saber “que preparação está a ser feita para enfrentar esses novos focos de pobreza, que já estão a surgir”, avançou.

“Há famílias a ser acompanhadas pela ação social, nomeadamente as que recebem o RSI, e essas estarão, de alguma forma, salvaguardadas. Mas veja-se o caso dos pescadores, muitos deles que já nem vão ao mar, pois o prejuízo é certo”, deu como exemplo.

“Há açorianos que já têm grandes dificuldades para trazer algum rendimento para casa, não os que passarão à condição de lay-off, mas aqueles que viram o seu trabalho desaparecer, como acontece na construção civil, nos cafés e snack bar, ou nos salões de cabeleireira e estética que estão fechados”, elencou Jaime Vieira.

Para o social democrata, é essencial que essas famílias saibam o tempo de resposta, no caso de ela existir, para os seus problemas, pois as carências começas a fazer-se sentir em muitos lares dos Açores”, disse.

O deputado quis também saber se os núcleos de ação social, “que já estão no terreno, têm prevista alguma cooperação com as autarquias, nomeadamente com as juntas de freguesia, dada a proximidade às famílias mais necessitadas que isso pode permitir”, adiantou.

“Antevendo também que as medidas de contingência se podem estender no tempo, torna-se urgente pensar nestes casos que, como referi, vão para lá do que está estipulado pelos apoios do governo regional”, frisou.

Jaime Vieira salientou ainda a necessidade “de nos precavermos face às incertezas que se aproximam, sendo que já nos vamos apercebendo dos receios com que as pessoas anteveem períodos que vão ser, certamente, muito difíceis”, concluiu.