Falta de tripulação. PSD/Açores exige explicações sobre cancelamentos sucessivos da SATA para o Faial

Os deputados do PSD/Açores eleitos pela ilha do Faial anunciaram que vão requerer a audição, com caráter de urgência, da Secretária Regional dos Transportes e Obras Públicas em comissão parlamentar, para que o Governo dê explicações sobre “mais um verão desastroso” no serviço de transporte aéreo para o Faial.

Carlos Ferreira e Luís Garcia afirmam que a falta de voos e de lugares, a incapacidade de transporte de carga, os voos consecutivos em que a bagagem dos passageiros foi deixada atrás, a falta de apoio aos passageiros dos voos cancelados e, mais recentemente, o cancelamento de vários voos por falta de tripulação, “têm que obrigar o Governo a um exame de consciência e a explicar-se perante os legítimos representantes da população faialense”.

Segundo os parlamentares, toda a operação da companhia aérea regional “foi planeada com base num falso argumento de baixa ocupação para justificar a redução de voos e de lugares, que levou a que durante 26 dias seguidos não houvesse lugares disponíveis para viajar na rota Horta-Lisboa, a que acrescem os constantes atrasos, a incapacidade para transportar os produtos locais, e toda uma série de peripécias que destroem a imagem da ilha enquanto destino turístico, prejudicam o tecido empresarial e condicionam a mobilidade dos residentes, incluindo das pessoas que têm que se deslocar por motivos de saúde”.

“Se as penalizações decorrentes da dimensão da pista eram já um constrangimento, este ano o Faial foi premiado pelo Governo com os cancelamentos da companhia aérea regional por falta de tripulação em voos programados há meses, o que é absolutamente inaceitável e denota, no mínimo, uma tremenda incompetência de gestão”, afirmam.

“Este é o quarto ano consecutivo em que o serviço prestado ao Faial é um desastre e a situação ultrapassou todos os limites”, declaram os parlamentares social-democratas, que acrescentam que “tudo farão para que a SATA cumpra a sua matriz, afirmando-se como um instrumento de afirmação da autonomia e do desenvolvimento regional”.