O ruído da campanha eleitoral intensificou-se. Não falta papel na caixa do correio.

Passou-se uma pré-campanha quase silenciosa. Somente um único partido politico se deu ao trabalho de apresentar o seu programa de governo.

As rentrées folclóricas reapareceram. Com barulho, comes e bebes, e muito ruído nas redes sociais.

As “chinesices” chegaram a tempo e horas de reconfirmar a nossa importância. Facilitando o discurso da confiança, do não te arrelies, porque a “vidinha” não está assim tão mal.

Um dia destes, na altura certa, vão chegar as sondagens que confirmarão o discurso do “estamos no bom caminho”.

As sondagens que dirão o óbvio: que haverá um vencedor absoluto. E elas chegarão na hora certa para confirmar a convicção de que o ciclo do “livre” controlo e da independência dependente irá perpetuar-se. Para alegria de toda esta massa sonâmbula que vai tentando viver, com mais ou menos listas de espera, com mais ou menos insucesso escolar, com mais ou menos pobreza, com mais ou menos desemprego.

E poderá acontecer que, lá para os últimos dias da campanha, alguém se lembre que tem o dever de prestar contas a este povo que acredita que a Autonomia poderá fazer-nos felizes.