Bolieiro destaca combate à precariedade com reforma das medidas de emprego

O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, destacou o combate à precariedade e ao desemprego jovem que o Governo Regional pretende levar a cabo em 2022, através da reforma das medidas de emprego existentes na Região.

“O ano de 2022 pode ser um ano de aprofundamento e reforma das medidas de emprego, visando combater a precariedade e o desemprego jovem e assegurar que ninguém fique de fora e que se verifiquem efetivamente melhorias de empregabilidade”, afirmou José Manuel Bolieiro, na sessão de encerramento do IX Congresso Regional dos TSD/Açores, que decorreu na Praia da Vitória.

O líder social-democrata salientou que a estratégia do Governo a que preside passará pela “promoção de políticas dirigidas à colocação e integração no mercado de trabalho” de pessoas que se encontram no desemprego.

“Os programas ocupacionais não podem ser a precariedade da precariedade. O que pretendemos deles é que possam acrescentar qualificações, qualificações direcionadas para satisfazer as necessidades efetivas, reais, do mercado de trabalho”, sublinhou.

De acordo com José Manuel Bolieiro, as “soluções ocupacionais” devem ser substituídas pelo “vínculo laboral estável”.

“Pretendemos eliminar progressivamente a precariedade do vínculo laboral. As novas medidas serão para incentivar o aumento da procura por formação, quer por parte das entidades empregadoras, quer por parte dos trabalhadores, promovendo reconversão e integração dos públicos mais desfavorecidos”, garantiu.

O presidente do PSD/Açores enalteceu a capacidade que o Governo da Coligação PSD/CDS-PP/PPM tem mostrado para criar “um novo paradigma social”, tendo em vista “o sucesso e o desenvolvimento do arquipélago”, bem como “a convergência face aos indicadores da Europa”.

“Não estamos a governar para manter o que sempre foi, estamos disponíveis e fomos incumbidos de fazer mudanças de paradigmas, de alterar o rumo”, frisou.

Segundo José Manuel Bolieiro, o Governo Regional está a “trabalhar para configurar uma verdadeira agenda de convergência social, económica e cultural dos Açores com os melhores índices da média nacional e europeia”.

“E essa é a tarefa de todos, o compromisso entre o Governo e a sociedade açoriana”, disse.

“Todos estão convocados para esse diálogo social”, disse José Manuel Bolieiro, ciente de que “só assim será possível alcançar tais metas, deixando para trás as oportunidades perdidas pelas anteriores governações, que em tanto influenciaram a vida dos açorianos”, afirmou.

O líder social-democrata lembrou que o atual modelo de governação dos Açores, “que encerra a mais plural representatividade parlamentar de sempre na Região”, junta forças políticas “disponíveis para alterar o rumo, mas não basta acrescentar crescimento económico aos milhões que nos chegam através deste novo período de programação financeira plurianual, pois isso é o que fez quem nos antecedeu”.

“Cabe-nos sim, saber criar uma verdadeira agenda de inclusão social, de qualificação do emprego e da formação profissional”, disse o presidente do partido, assumindo que a vivência interna do PSD/Açores “é plural, e está preparada para receber todos os contributos dos seus organismos autónomos”.

José Manuel Bolieiro destacou ainda outros aspetos da atual governação regional, como a redução fiscal e o aumento da liquidez do rendimento das famílias, reforçando que “faremos sempre do diálogo e da concertação social o modo de alcançar mais soluções, que serão concretizadas como as que já conseguimos”, disse.

Para o líder reeleito dos TSD/Açores, Joaquim Machado, existe uma tarefa “que não é fácil”, porque “a Região que recebemos está carecida de muita coisa que é essencial e indispensável, com as finanças públicas encontradas em estado mais fragilizado do que apontavam as previsões mais pessimistas”, alertou.

“Afinal, em vez de um ficcionado excedente orçamental e de dinheiro nos cofres da tesouraria pública, encontrou-se dívida e mais dívida, compromissos, cartas de conforto e toda a sorte de instrumentos que afundam as finanças na penúria e podem comprometer gravemente o futuro dos Açores”, disse o dirigente.

Joaquim Machado acredita “num estreitar da relação entre os políticos e os eleitores, que nos Açores se vê como uma carência bem patente nos elevados números da abstenção. As pessoas estão afastadas da política, e cabe-nos minimizar isso”, avançou.

“Diria que perdemos uma geração com as governações do PS nos Açores”, disse.

Para o presidente dos TSD/Açores, “seria um erro gravíssimo persistir nas mesmas políticas, apesar de novos protagonistas, esperando resultados diferentes dos obtidos durante a governação socialista”.

Também presente na sessão de encerramento, o secretário-geral nacional dos TSD, Pedro Roque, enalteceu “o esforço e o trabalho do atual Governo Regional, “face ao atraso estrutural que os Açores apresentaram durante tantos anos, que é recuperável”, esperando que isso a que aconteça com este Executivo, que se mostra apto para a recuperação económica e o aproveitamento dos fundos estruturais disponíveis”.

Joaquim Machado foi reeleito presidente do Secretariado Regional dos TSD/Açores, tendo a sua moção global de estratégia “Emprego e dignidade” sido aprovada por unanimidade.