Açores continuam sem Radares Meteorológicos

Os deputados do PSD/Açores na Assembleia da República, Berta Cabral e António Ventura, questionaram a Ministra do Mar sobre a situação dos radares meteorológicos da Região, “no caso o de Santa Bárbara, ou o que dele resta, na Ilha Terceira, e a prometida instalação de um novo radar na Ilha de São Miguel”, adiantam.

“É que, incompreensivelmente, os Açores continuam sem radares meteorológicos”, referem, na pergunta dirigida a Ana Paula Vitorino, lembrando que o radar da Serra de Santa Bárbara “não funciona”. E que “nada se sabe da promessa do Governo para um novo radar em São Miguel”.

“Acresce a isso, que a Ministra do Mar não respondeu às nossas questões, enviadas em novembro de 2016, sobre a temática”, acrescentam Berta Cabral e António Ventura.

“Aliás, já foi ultrapassado, em muito, o tempo limite para o Governo responder à Assembleia, que é de 30 dias. Essa postura do Governo assume um claro desrespeito pelos deputados e uma ausência de informação às populações”, lamentam.

Os deputados sublinham a importância dos dados disponibilizados pelo radar, sendo que o próprio responsável pela Delegação do IPAMA nos Açores já disse que nada substitui a existência dos mesmos, atendendo ao seu grau de precisão e informação atualizada.

“Foi anunciado pela Ministra do Mar que as autoridades norte-americanas tinham cedido o equipamento do radar situado na Serra de Santa Bárbara, mas a verdade é que continuamos sem um radar a funcionar”, relembram.

“Os Açores são periodicamente fustigados por intempéries que provocam danos materiais avultados e até vítimas humanas, pelo a informação meteorológica atempada e atualizada é de vital importância para a segurança das populações”, atentam Berta Cabral e António Ventura.

Os deputados dos PSD/Açores solicitaram a cronologia dos investimentos relativos aos radares, e alertaram o Governo para “essa ausência de radares metrológicos, que consideramos uma situação de perigo para os açorianos. Questionamos igualmente se dois radares meteorológicos nos Açores serão suficientes”, concluem.