O Parlamento Europeu aprovou hoje em sessão plenária uma posição ambiciosa sobre a futura Estratégia Europeia para a Igualdade de Género 2026-2030, com o importante contributo do PSD. O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral (PSD), relator do Partido Popular Europeu (PPE) para este relatório, sublinha que esta é uma “posição de bom senso, porque a igualdade de género não é um privilégio, é uma necessidade para o progresso e para a democracia europeia”.
Este relatório de iniciativa define as prioridades do Parlamento Europeu para a próxima Estratégia para a Igualdade de Género 2026-2030, que será lançada pela Comissão Europeia em março de 2026.
Para Paulo do Nascimento Cabral, “apesar dos progressos alcançados na UE, ainda há muito por fazer. Enfrentamos novos desafios e, em alguns casos, vemos retrocessos nos direitos das mulheres. Este relatório reflete essa realidade e identifica áreas onde é necessária ação imediata. A igualdade de género não deve ser uma bandeira partidária, mas um compromisso comum de defesa dos direitos e das oportunidades para todos.”
O Eurodeputado do PSD destacou ainda que “uma em cada três mulheres na União Europeia já foi vítima de violência”, muitas vezes em casa, no trabalho ou online, defendendo a plena aplicação da Diretiva de Combate à Violência contra as Mulheres, incluindo a sua vertente digital. “A crescente violência digital tem levado muitas mulheres e jovens a afastarem-se da vida pública e política. Este é um verdadeiro ataque à democracia”, alertou.
Na área da educação e da igualdade de oportunidades, Paulo do Nascimento Cabral reforçou que “é essencial eliminar os «tetos de vidro» e promover o acesso das mulheres às áreas STEM, ao digital e à inteligência artificial, onde apenas uma em cada seis especialistas em TIC é mulher”.
O Eurodeputado lembrou que “a igualdade de género é um fator de competitividade económica”, lembrando que o PIB europeu poderia crescer até 10% com maior participação feminina. “Precisamos de combater as disparidades salariais (12%) e nas pensões (26%), valorizar os setores com predominância feminina, aplicar a Diretiva da Transparência Salarial e apoiar o empreendedorismo feminino”, acrescentou.
O parlamentar português alertou ainda para as desigualdades regionais: “As mulheres nas zonas rurais e remotas enfrentam mais barreiras ao emprego, à saúde, à educação e à conectividade. Muitas acabam por abandonar os seus territórios, apesar de serem pilares de vitalidade e inovação das suas comunidades. Temos de garantir o seu direito a ficar.”
Paulo do Nascimento Cabral concluiu sublinhando que “o caminho para a igualdade de género é também o caminho para uma Europa mais justa, mais forte e verdadeiramente democrática.”

