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O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, afirmou hoje querer fazer “mais e melhor”, mesmo com a economia regional a crescer há 53 meses consecutivos, salientando que “não está acomodado aos resultados”.

“Os Açores registam 53 meses consecutivos de crescimento do indicador de atividade económica e verifica-se também um aumento do consumo privado, que resulta de maior disponibilidade financeira para comprar”, sublinhou, destacando tratar-se de “dados reais” que desmentem a imagem que a oposição tenta fazer passar junto dos açorianos.

O líder social-democrata falava, em Ponta Delgada, na sessão de abertura do Conselho Regional do PSD/Açores, o órgão máximo do partido entre congressos.

Para José Manuel Bolieiro, os bons indicadores económicos são reconhecidos pelos açorianos, que, este ano, “confirmaram mais uma vitória eleitoral do PSD/Açores”, quer nas eleições legislativas nacionais, quer nas últimas autárquicas.

“Procurámos escolher os melhores candidatos às freguesias e aos municípios que elevaram o prestígio do PSD. Fomos dignos nos combates eleitorais que apresentamos e na qualidade das nossas candidaturas”, vincou.

Segundo José Manuel Bolieiro, “na governação dos Açores, o projeto político que o PSD lidera tem esta abrangência de continuidade, na concretização de uma agenda de governação transformadora e de mudança de paradigmas”.

“Nós criámos dinâmicas na governação do poder local quando passamos a ganhar e a ter a maioria das autarquias nos Açores com soluções não socialistas. Há também esse dado e é pertinente evidenciá-lo. Por isso, entendo que o PSD deve estar motivado para fazer mais e melhor”, salientou.

José Manuel Bolieiro advoga, assim, uma “visão estratégica para os Açores do futuro, com confiança nas nossas capacidades, compromisso com os nossos parceiros e retorno para o nosso desenvolvimento”.

No contexto da orientação estratégica da União Europeia, enquanto região global, na política e na economia, José Manuel Bolieiro defende que a Região deve adaptar-se à “tendência de uma aposta em competitividade e crescimento, segurança e defesa, com recursos financeiros mais robustos”.

O Presidente do PSD/Açores reiterou ainda, a este propósito, que tem intercedido junto ao Governo da República no sentido de “tomar uma posição em defesa dos interesses do arquipélago, enquanto região ultraperiférica, neste período de transformação e de mudança das políticas europeias”.

Já no que respeita ao relacionamento com o Governo da República, o líder social-democrata afirmou que o Orçamento do Estado para 2026 (OE 2026) “deu passos tímidos e não passos justos, nem suficientes”.

“[O OE 2026] deu passos tímidos em compreender a responsabilidade do Estado para com o desenvolvimento dos Açores”, frisou, acrescentando que o governo central não teve em linha de conta “as suas obrigações enquanto Estado para com todos os portugueses e a Região Autónoma dos Açores”.

O Presidente do PSD/Açores destacou, no entanto, que o OE 2026 contempla “um aumento de transferências financeiras, muito focadas na otimização da execução dos fundos comunitários, com especial incidência para o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”.

José Manuel Bolieiro disse ainda que os deputados dos Açores eleitos pelo PSD à Assembleia da República “saberão fazer a defesa da Região, no domínio do que podem ainda ser os melhoramentos” a introduzir na proposta de OE 2026.

Quanto ao Orçamento da Região para 2026, cuja discussão se inicia a 24 de novembro, o social-democrata enfatiza que a grande prioridade é a execução do PRR.

“O Governo Regional está a fazer uma preparação política do Orçamento para 2026 com sentido de responsabilidade, de modo a cumprir os marcos e as metas definidos, porque a consequência do incumprimento é absolutamente desastrosa”.

Para José Manuel Bolieiro, “não é possível sequer imaginar que, por irresponsabilidade da oposição, se possa viver em duodécimos em 2026 e não se tenha um instrumento financeiro como é o Plano e Orçamento especialmente dedicado à execução dos fundos comunitários”.

“A consequência [de não cumprir com o PPR] não é só não receber, mas ter de devolver o recebido, o que é gravíssimo. Há um grande sentido de responsabilidade da parte do PSD, do CDS e do PPM [nesta matéria]. Veremos qual o sentido de responsabilidade dos outros partidos”, advertiu.