Skip to main content

O PSD/Açores apresentou e defendeu hoje no parlamento açoriano um voto de protesto contra o Governo regional pelo não cumprimento da promessa eleitoral de construir o terminal de cargas da aerogare civil das Lajes, na ilha Terceira.

Segundo Luís Rendeiro, deputado do PSD/Açores eleito pela Terceira, a forma como os sucessivos governos regionais do PS conduziram uma promessa que remonta a 1999 dá bem nota “do valor e da credibilidade que têm as promessas e os compromissos assumidos pelo PS, neste caso, com os terceirenses”.

A maioria socialista no parlamento chumbou o voto de protesto do PSD/Açores.

Luís Rendeiro, contudo, denunciou as contradições do executivo, o mesmo que “andou a fazer chicana política com uma promessa várias vezes inscrita nos documentos provisionais da Região desde 2006”, mas que, segundo o mesmo Governo, não avançava porque faltava o parecer obrigatório da Força Aérea Portuguesa, já que o terminal seria construído numa zona de servidão militar.

A 24 de outubro de 2011, o então secretário regional da Economia e atual presidente do Governo regional, Vasco Cordeiro, anuncia a conclusão do projeto para a construção do terminal garantindo que esse projeto aguardava, desde junho, a análise e parecer obrigatório por parte da Força Aérea Portuguesa.

O parecer da Força Aérea Portuguesa acabaria por ser emitido a 9 de setembro de 2015. Pedro Passos Coelho era então o primeiro-ministro de Portugal e Berta Cabral a secretária de Estado da Defesa. O parecer era favorável ao projeto em causa, uma vez que respeitava “a servidão aeronáutica em vigor”.

A 30 de março de 2016, o Governo regional anuncia o lançamento do concurso de construção do terminal, estimando o custo do mesmo em cerca de 5,4ME.

A obra, no entanto, nunca avançou. Esta semana, durante uma interpelação ao Governo regional sobre Transportes e Acessibilidades, requerida pelo CDS, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, adianta que obra ainda não avançou porque estão pendentes questões relativas ao processo de aquisição dos terrenos para a construção do terminal de cargas nas Lajes.

“Não restam dúvidas de que o Governo andou a fazer chicana política e não fez a sua parte no que respeita à conclusão do processo de aquisição dos terrenos onde será construído o terminal de carga”, resume Luís Rendeiro.