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Ciprião de Figueiredo e Vasconcelos era Corregedor dos Açores na crise de 1580 – que instalou no trono Português Filipe II de Castela.

Em carta de 13 de Fevereiro de 1582, o “governador” das ilhas dos Açores, apoiante incondicional do Prior do Crato, respondia a Filipe II, que o tentara submeter com favores e benesses várias, que: “… As couzas que padecem os moradores desse afligido reyno, bastarão para vos desenganar que os que estão fora desse pezado jugo, quererião antes morrer livres, que em paz sujeitos. Nem eu darei aos moradores desta ilha outro conselho… porque um morrer bem é viver perpetuamente…”.

A frase, como sabemos, deu origem à divisa dos Açores e já era usada pelos militares aquartelados na Terceira e defensores da independência nacional.

No dia dos Açores lembrar esta forma de estar perante as adversidades, no isolamento e distante dos centros de poder, torna-se obrigatório.

O exemplo de quem prezou a liberdade e a independência de Portugal e que, no fundo, consagrou uma honra maior de ser Português e residente nos Açores, contrariando a ambição de luxuria ou folgança, tão tentadora aos homens fracos, deve ser sempre “divisa” dos que servem os seus conterrâneos, que os representam ou que se ocupam da coisa pública.

Porque de outra forma é entregar-se ao esquecimento.