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A cabeça de lista do PSD/Açores à Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, Eugénia Leal, apresentou segunda-feira à noite a equipa com que conta focada “num plano para uma década” na construção de uma “Capital de futuro”.

A candidata social-democrata discursou perante uma plateia de militantes e simpatizantes da sua candidatura que encheu o Mercado Municipal de Vila Franca do Campo.

“Nós vamos mudar o futuro, com trabalho, coragem, ambição e com uma visão estratégica bem definida, com um plano sustentado social, ambiental e economicamente, e sempre aberto a mais contributos”, garantiu.

De acordo com Eugénia Leal, o seu plano de desenvolvimento para Vila Franca do Campo assenta em três pilares fundamentais e sete bandeiras.

Acima de tudo, para a social-democrata, as pessoas e instituições ocupam o primeiro pilar, pois “os vilafranquenses estão no centro das decisões, desde a habitação acessível, ao reforço da saúde, à educação, à coesão social”.

Em segundo lugar, deposita na economia local o “motor do futuro” do concelho, apostando no crescimento sustentável, “apoiando o investimento, a agricultura, o mar, o turismo”, criando condições para gerar mais emprego, mais empreendedorismo e fixar os jovens em Vila Franca do Campo.

História e cultura ocupam o terceiro pilar da sua candidatura, destacando “a identidade única marcada pela sua história, pelo seu mar e suas tradições”, numa aposta “na preservação e valorização do património, dos monumentos até às festas populares, apostando em novas abordagens culturais, envolvendo todas as freguesias”.

São estes três pilares que sustentam as sete bandeiras da candidatura de Eugénia Leal, “sem medo” de se “comprometer com o futuro”, norteado por “ideias concretas, com impacto positivo e direto na vida das pessoas, das famílias e das empresas”.

Para a candidata à presidência da Câmara Municipal de Vila Franca do Campo, “são os planos, as intenções, os objetivos, a missão que contam, sendo que a Habitação constitui a primeira bandeira, “enquanto bem básico à vida e ao bem-estar das famílias”.

“Não vamos esperar mais 16 anos para fazer 28 apartamentos para 200 famílias”, garantiu, assegurando que, como social-democrata, no seu programa “todos têm lugar e não só alguns”.

Com Eugénia Leal, “a Câmara Municipal pode fazer diferença, pode dar o passo em frente e dizer que é a primeira a dar o passo”, manifestando a sua disponibilidade e cooperação junto dos cidadãos.

A segunda bandeira de campanha prende-se com o apoio às famílias, mas especialmente às suas crianças, apontou a candidata, um desafio ao qual o executivo municipal socialista “não tem conseguido dar resposta, colocando a responsabilidade no Governo e nas instituições”.

“Comprometo-me convosco que, sendo Presidente da Câmara de Vila Franca do Campo, vamos ter de certeza mais uma creche e mais lugares de ATL, porque o município dará o primeiro passo”, asseverou.

No programa da candidata social-democrata, também os idosos ocupam lugar de destaque, comprometendo-se com a criação de um cartão sénior 65+, “com atribuição de descontos e de reduções em serviços hoje essenciais, nomeadamente, em serviços de apoio ao domicílio, em clínicas dentárias, em oftalmologia, nos ginásios”.

“Estamos aqui para ajudar aqueles que já nos ajudaram toda a vida”, frisou.

Em cima da mesa, estão igualmente a criação de um passe municipal sénior e um serviço de apoio à mobilidade reduzida.

A saúde e o saneamento básico compõem a quarta bandeira de Eugénia Leal, apontado o executivo municipal socialista “de nada fazer nos últimos anos, senão operações de maquilhagem e empurrar com a barriga para a frente”, culminando com a proibição de banhos no ilhéu de Vila Franca do Campo.

“Precisamos mesmo é olhar para o saneamento básico de uma forma séria, porque dele também depende a saúde dos vilafranquenses”, a par da constituição de um Conselho Municipal de Saúde, “onde a população pode participar não só na denúncia das situações, mas especialmente no encontro de soluções e respostas”, realçou.

No campo operacional, a candidata social-democrata indica a criação de um gabinete de apoio como a sua quinta bandeira, de modo a orientar as juntas de freguesia e as instituições locais no acesso a fundos regionais, nacionais ou europeus.

“Muitas das nossas juntas de freguesia e muitas das nossas associações só não têm acesso a esses fundos pela simples razão de que vivem essencialmente (21:28) de voluntariado, o que é muito nobre, mas depois não têm a disponibilidade de recursos humanos para fazerem essas candidaturas”, vincou.

A sexta bandeira de Eugénia Leal é a negociação “do abaixamento do IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis”, uma vez que entende que “os vilafranquenses estão a pagar cada vez mais impostos, mas não vêem vantagens na sua vida, no dia a dia”.

A propósito, a social-democrata lamentou que “o município tenha no presente uma dívida maior, superior àquela que encontrou há 16 anos, que não foi negociada pelos executivos socialistas, a qual só termina em 2045”.

Em suma, prosseguiu indicando que “o pagamento da dívida só termina em 2045, com maior dívida que no início e ainda faltam 20 anos para pagá-la, quando outro município, mesmo aqui ao nosso lado, não arredou pé das mesas de negociações e obteve o perdão de milhões”.

A sétima bandeira prende-se com Ponta Garça, freguesia que conta com 30% da população do concelho e, mesmo com vereadores locais eleitos, foi somente alvo de construção de “estacionamento para meia dúzia de lugares e do muro de cemitério”, nos últimos 16 anos.

“O que Ponta Garça evoluiu até hoje tem sido obra dos seus cidadãos, dos seus empresários, das suas famílias e das juntas de freguesia social-democratas que passaram por lá”, observou, sendo que “a última aberração foi um plano de investimento de 300 mil euros de um total de 4,5 milhões de euros destinados ao concelho”.

“A importância dada pelos socialistas desta freguesia foi o que já se percebeu, foi mísera, vergonhosa, insignificante”, criticou.

A apresentação da sua candidatura terminou com a apresentação dos candidatos social-democratas à vereação da autarquia, nomeadamente Pedro Costa, Sara Botelho, Paulo Duarte, Duarte Furtado, Cândida Machado, Tiago Gomes, Natacha Lopes, Liliana Dias e João Fanfa.

O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, considera a agenda para a década de Eugénia Leal como “fim de ciclo de 16 anos de executivo socialista” em Vila Franca do Campo, abrindo portas a um período auspicioso para o concelho.

Para o líder social-democrata açoriano, trata-se de “um compromisso com uma missão com visão estratégica que contraria o pior de uma autarquia”, contando “com gente de confiança, conhecimento e saber” na sua “equipa magnífica”.

Desde a Assembleia Municipal à Câmara Municipal e Juntas de Freguesia, José Manuel Bolieiro encontra uma estrutura “capaz, com experiência, participação e dedicação em vários domínios”, essencial para “potenciar o desenvolvimento estratégico, de empreendedorismo e de criação de riqueza”.

O Presidente do PSD/Açores manifestou-se confiante “nas ideias a concretizar com pessoas capazes, numa junção entre a ambição de um projeto da década estratégico e empreendedores da candidatura apresentada”.

“Vila Franca do Campo será vencedora e terá uma conquista do PSD no poder para ser responsável para mudar o futuro de Vila Franca do Campo, desenvolver todas as suas seis freguesias sem deixar nenhuma para trás”, concluiu, acentuando que “o concelho tem tudo para dar um passo rumo à pujança e ao progresso”.