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O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República Paulo Moniz questiona o Ministro da Presidência, por escrito e com carácter de urgência, sobre alegadas novas regras de funcionamento dos serviços de segurança e acesso na RTP/Açores.

A questão surge no seguimento de “alegada intenção de alterar a segurança nas Delegações do Faial e da Terceira, que supostamente retirarão os serviços de presença humana em permanência 24 horas, sendo substituídos por um vídeo porteiro a partir de Lisboa”.

Uma situação que Paulo Moniz pretende ver esclarecida, tendo e conta que as delegações das ilhas do Faial e da Terceira “distam quase 2000 quilómetros do território continental e ademais pelas circunstâncias de risco, nomeadamente sísmico com interferência imediata nas comunicações eletrónicas com o exterior”.

Para o deputado social-democrata açoriano, “esta solução de controlo remoto a partir de Lisboa fragiliza a robustez de funcionamento, especialmente quando a RTP/Açores se torna vital no quadro de catástrofes e conforme se comprova pelo histórico recente”.

Nessa sequência, pretende saber se, a confirmar-se, “se esta alegada alteração pode ainda ser revertida, mantendo-se a presença humana nas portarias das duas delegações 24 horas por dia”.

Além disso, o parlamentar do PSD/Açores na Assembleia da República quer saber se estas regras se estenderão a todas as delegações do país e quais os critérios utilizados na respetiva aplicação no Faial e Terceira, assim como os fundamentos comparativos destas à delegação de Faro onde estas regras já estão aplicadas.

Paulo Moniz atenta que a “RTP/Açores tem lutado muito pela sua sobrevivência e manutenção simultânea da qualidade com os recursos disponíveis”, questionando se não haverá outras alternativas dentro do Grupo RTP que não estas delegações, com vista à alegada necessidade de contenção de custos.

O deputado acentua que “o robustecimento técnico da RTP-Açores e a criação das suas delegações no Faial e na Terceira, a par de uma rede de correspondentes nas demais ilhas, foram e são a consolidação como verdadeiro instrumento de coesão social e territorial”.

Mais acrescenta que o seu papel “na ligação entre os Açores e a Diáspora aproxima os dois lados do Atlântico, mantendo a cultura e identidade de todo um povo, numa missão diária só ao alcance da RTP /Açores”.

O parlamentar social-democrata sublinha, por fim, que “a RTP/Açores e todos os seus trabalhadores têm, ao longo dos anos, mantido, muitas vezes com parcos recursos, a inovação, a iniciativa, a modernização e a cobertura jornalística, traduzindo, na prática, o amor e a dedicação que todos sentem como uma verdadeira missão”.