A presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) de Santa Cruz das Flores do PSD/Açores, Cecília Estácio, afirmou hoje que o “desgaste financeiro” do Município de Santa Cruz das Flores, confirmado por uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC), revela que o executivo socialista “não serve os interesses do concelho”.
“A auditoria do TdC não deixa margem para dúvidas: há uma progressiva erosão dos fundos próprios do Município, por acumulação de sucessivos resultados líquidos negativos, desde 2021, ascendendo até 2023 a cerca de 2,5 milhões de euros. Comprova-se que o executivo do PS não serve os interesses de Santa Cruz, muito menos impulsiona o progresso da ilha das Flores”, afirmou.
Cecília Estácio lamentou “a forte dependência da autarquia de verbas provenientes do Orçamento do Estado, não sendo capaz de produzir receita própria, refletindo o laxismo e desinteresse do executivo socialista da Câmara Municipal pelo desenvolvimento de Santa Cruz das Flores”.
De acordo com a auditoria do TdC, “em 2023, as despesas de investimento ascenderam a 281 mil euros – o correspondente a 9% da despesa total -, face a um montante anual previsto na ordem dos 2,2 milhões de euros, resultando numa execução orçamental de apenas 53,7%”.
Para além da “visível má gestão”, adiantou a social-democrata, “a auditoria detetou que os abonos aos eleitos locais se cifram em 148,7 mil euros, verificando-se pagamentos em excesso, acima do legalmente previsto, a que acrescem outros montantes sem a devida autorização legal da Assembleia Municipal”.
Para Cecília Estácio, “também o presidente da Assembleia Municipal foi incapaz e irresponsável, na medida em que não foi diligente nas funções e atribuições do órgão a que lidera”, criticou.
A responsável pela CPC de Santa Cruz das Flores do PSD/Açores entende, assim, que “a instabilidade financeira e o descontrolo dos procedimentos por parte do executivo municipal socialista promoveram o declínio financeiro, para prejuízo de um concelho que se pretende dinâmico, motivado e pujante”.