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O presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, destacou ontem “o legado inspirador” deixado pelo fundador do partido, João Bosco Mota Amaral, que completou 80 anos de idade, rodeado de familiares, amigos e militantes social-democratas.

Para José Manuel Bolieiro, trata-se de uma herança “que importa seguir” numa época em que “a complexidade da sociedade e do mundo são muito maiores”, disse aos jornalistas, à margem do almoço do 80.º aniversário do primeiro Presidente do Governo Regional dos Açores.

O líder dos social-democratas açorianos defendeu que o património deixado por Mota Amaral permitiu que “as novas gerações tenham hoje melhores condições para dar continuidade a este projeto revolucionário autonómico democrático”.

José Manuel Bolieiro, durante o discurso do evento que reuniu, em Ponta Delgada, duas centenas de pessoas de todas as ilhas do arquipélago, manifestou o seu “reconhecimento e gratidão” a Mota Amaral, “cuja visão democrática de um país moderno, conduziu ao processo indelével autonómico dos Açores”.

Sublinhou ainda que o “PSD lhe deve muito e nunca o esquecerá, sobretudo como líder partidário que doutrinou a ideia de que um partido político serve as pessoas”, acrescentou o dirigente social-democrata.

Por fim, realçou que o 80.º aniversário de Mota Amaral “é um dia de alegria, união e amizade, de admiração, de seguimento pelo legado que deixa na revolução democrática de Portugal, na aposta autonómica dos Açores, na valorização do desenvolvimento de todas as ilhas”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, numa mensagem de vídeo projetada no almoço, enalteceu Mota Amaral enquanto “amigo muito fiel, inclusivamente na política”, considerando-o “um dos pais da pátria”, grande responsável pela “maturação política e cívica da Autonomia dos Açores”.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda ter sido “um excecional presidente da Assembleia da República. De vistas abertas, horizontes largos, acima de querelas secundárias”, agradecendo “o que fez pelos Açores e Portugal”, enquanto assumiu “dois papéis históricos”.

Reconheceu o social-democrata açoriano pela “curiosidade intelectual e humana ilimitada”, homem “superiormente inteligente. De uma inteligência muito fina, mas também com sentido prático”.

Também Luís Montenegro, presidente do PSD nacional, manifestou a sua gratidão pela “ajuda feita de alento e de sentido crítico”, “trabalho feito no partido”, elevando o “humanismo, tolerância democrática e sentido de Estado”, a sua “vivacidade cívica e intelectual”.

Recorde-se que João Bosco Mota Amaral foi deputado à Assembleia Constituinte, fundador do PSD/Açores, Presidente do Governo Regional dos Açores, deputado e Presidente da Assembleia da República.