O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, juntou-se esta quinta-feira à comitiva da coligação PSD/CDS-PP/PPM “Pela Nossa Terra”, candidata aos órgãos autárquicos de Angra do Heroísmo, elogiando “a qualidade do projeto político” e apostado na valorização “da identidade e centralidade” da Cidade Património Mundial.
Numa arruada pelo centro histórico de Angra do Heroísmo, acompanhando Sandra Garcia (cabeça de lista à Câmara Municipal), Carlos Costa Neves (candidato à presidência da Assembleia Municipal) e elementos de todas as listas de todas as Freguesias e Vilas do Concelho, Bolieiro apelou ao voto na “inovação” e em “novas energias” para “resgatar a história e a identidade de Angra” criando-se “uma nova ambição de futuro”.
“À rica história de Angra do Heroísmo, que muito nos orgulha nos Açores e em Portugal, precisamos de juntar a ambição para o seu futuro, pois o futuro tem muito a ver com a nossa história. Por isso, é preciso inovar e ganhar novas energias para resgatar a história e a identidade desta Cidade e deste Concelho e para que elas sejam a oportunidade da nova ambição do futuro”, afirmou aos jornalistas na Praça Velha, em frente aos Paços do Concelho.
“Angra merece o melhor e, por isso, estou muito orgulhoso que a candidatura desta força política que se projeta nos Açores possa também se projetar em Angra do Heroísmo. Na verdade, estamos na centralidade da Europa, entre o velho e o novo Mundo, e devemos valorizar isso. Não é por acaso que estamos na Cidade Património Mundial, é preciso termos a ambição de projetarmos esta dimensão da história”, acrescentou.
Afirmando que não se junta a esta candidatura de coligação de centro-direita “para criar qualquer favorecimento”, o líder do PSD/Açores disse que estava em Angra do Heroísmo “para fazer um resgado elogio à Sandra Garcia, à sua equipa, à equipa liderada pelo Carlos Costa Neves para a Assembleia Municipal e a todas as listas candidatas às Juntas de Freguesia. O que conta é a qualidade destas candidaturas. Hoje, cada vez mais, os cidadãos eleitores olham para os projetos políticos e para as pessoas que se candidatam por eles, do que propriamente para as forças políticas. Eu não estou aqui para criar qualquer favorecimento, até porque todos são iguais em legitimidade democrática após a decisão do povo. Por isso, quero, hoje e aqui, liderar a confiança nas pessoas e neste projeto político”.
Já Sandra Garcia, a candidata da coligação PSD/CDS-PP/PPM “Pela Nossa Terra” a Presidente da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, foi ouvindo reparos de empresários e cidadãos e constatando que “24 anos de executivo socialista na Câmara de Angra é muito tempo”.
“Mesmo que as pessoas não queiram, acomodam-se, não têm ideias novas, não trazem outro protagonismo e, por isso, está na hora de mudar e é isso que peço aos Angrenses: que votem neste projeto, que votem nesta nova dinâmica e que nos deem a sua confiança a 26 de setembro”, afirmou.
Da visão para a revitalização da Cidade, Sandra Garcia frisou que “o que os empresários de Angra nos pedem é que a Câmara Municipal faça o seu trabalho. Por isso, só temos que corresponder com uma política de trânsito mais fluído, com mais e melhor estacionamento, melhor iluminação, um combate efetivo às pragas urbanas, uma maior divulgação da Cidade enquanto Património Mundial e uma programação cultural mais eclética”.
“Muitos dos nossos jovens, durante a pandemia, voltaram à sua Terra e perceberam que através do teletrabalho podem fixar-se, mas pedem uma Cidade acolhedora, aliciante, desafiante, convidativa e que tenha uma programação cultural que seja uma mais valia. Isto é bom para os que cá vivem, para os que para cá querem voltar e também para os nossos turistas”, acrescentou.
A cabeça de lista da coligação PSD/CDS/PPM registou ainda que “temos uma Cidade Património Mundial que não está a ser devidamente potenciada e que pode, de facto, ser uma bandeira do turismo para a ilha Terceira e para os
Açores”. Da mesma forma, olhando para a Baía que deu nome à Cidade e ao Concelho, Sandra Garcia defende “um aproveitamento do seu potencial, turístico e científico, através de Pós-graduações em Arqueologia Subaquática, em articulação com a Universidade dos Açores, mas também através da criação de um centro interpretativo da Baía, que tem uma história imensa para contar, e, como se vê aliás um pouco por todo o mundo, ter uma espécie de galeão que possa interpretar a nossa história e colocá-la ao serviço do nosso desenvolvimento económico, social e cultural futuro”.
Quanto ao Mercado Duque de Bragança resta a constatação: “de facto, oito anos para tomar uma decisão é muito tempo. Primeiro, teimosamente, gastaram-se quatro anos a fazer projetos para deslocalizar o Mercado para o Cerrado do Bailhão. Depois, gastaram-se mais quatro anos a rever projetos para que o Mercado fique onde está. Isto só nos últimos oito anos de socialismo, porque a obra do mercado arrasta-se nos últimos 24 anos de governação municipal socialista. Infelizmente esta foi uma oportunidade perdida. Os Angrenses esperam há tempo demais. Passados todos estes anos a obra nem se iniciou”.
Assim, garantiu, “o que nós queremos para a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo é uma atuação muito parecida com a do atual Governo Regional, não só ao nível da proximidade com as pessoas, mas no sentido da eficácia entre aquilo que nós dizemos e aquilo que nós fazemos, sob pena de existir um divórcio cada vez maior entre os cidadãos e a política. Não se pode esperar que seja bem visto pelos cidadãos que algo que foi prometido há imenso tempo ainda nem sequer tenha visto o lançamento de uma primeira pedra”.