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A candidata da coligação PSD/CDS-PP/PPM à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, Sandra Garcia, defende “uma solução integrada” para a obra de proteção da orla costeira do Terreiro de São Mateus “acautelando a proteção de pessoas e bens, mas também, a potenciação turística e desportiva” do local.

Após reunir com responsáveis pela Associação de Surf da Ilha Terceira, a cabeça de lista da coligação lamentou que “o atual Presidente da Câmara de Angra e recandidato ao cargo imponha a sua vontade numa obra essencial de proteção de pessoas e bens, mas que, simultaneamente, atenta contra a proteção ambiental, é contrária à preservação de ecossistemas específicos ao nível da fauna e flora e coloca em causa o aproveitamento do potencial de desportos náuticos, associados ao turismo e ao crescimento económico de São Mateus e do Concelho”.

“Não estamos contra qualquer investimento que resulte na melhoria das condições de segurança e proteção de pessoas e bens, mas somos frontalmente contra teimosias e imposições que não acautelam todas as potencialidades que se deve retirar de um investimento público”, afirmou criticando “a teimosia municipal” que impera na concretização desta obra.

Pior ainda, acrescenta Sandra Garcia, é o facto de “Álamo Meneses não ter sido rigoroso com os responsáveis desta Associação de Surf, uma vez que lhes garantiu sempre que não faria aquilo que está a fazer e não arreda pé de continuar a encher de pedra a orla costeira do Terreiro, impondo apenas a sua vontade e coartando todas as possibilidades de retirar mais valias deste local para o desenvolvimento socioeconómico futuro da Freguesia e do Concelho”.

Para a candidata da coligação PSD/CDS-PP/PPM “os comportamentos dos atuais responsáveis pelo Município são lamentáveis e significam um investimento mal projetado, gastando-se dinheiro dos contribuintes angrenses numa obra que matará, definitivamente, todas as possibilidades de algum retorno económico e social, como não vai garantir que o mar deixe de galgar o caminho colocando em perigo pessoas e bens”.

Para a cabeça de lista da coligação à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, “ainda vamos a tempo de parar com esta brutalidade que está a ser feita e rever este projeto, no sentido de evitar a destruição ambiental, a destruição do potencial turístico, desportivo e económico deste local, bem como assegurar, efetivamente, que a solução a implementar evite futuros galgamentos do mar que possam perigar contra pessoas e bens”.

Assim, defende, “as obras de proteção costeira entre o Porto de Pesca, o Biscoitinho e o Terreiro de São Mateus, devem passar pela edificação de um paredão de pedra desarrumada (caso contrário, como está projetado e a ser executado serve apenas como rampa de lançamento da água do mar para novos galgamentos); devem manter a pequena zona de praia atualmente existente; devem garantir que se mantém uma entrada para a zona de acesso ao mar de praticantes de surf e bodyboard; e, por fim, devem garantir a preservação ambiental do ecossistema e permitir a potenciação desportiva e económica com retorno efetivo para São Mateus e para Angra do Heroísmo”.

Sandra Garcia recorda que, neste momento, “em Angra do Heroísmo só existem dois locais possíveis para a prática de desportos como o surf (recentemente classificada como modalidade olímpica) e bodyboard, que são o Terreiro de São Mateus e a zona das Contendas, em São Sebastião, e o que a Câmara Municipal está a fazer é a gastar do nosso dinheiro para acabar com este potencial de crescimento ao mesmo tempo que não vai resolver, de todo, os problemas de falta de segurança de pessoas e bens, antes pelo contrário, como está a executar a obra pode até agravá-los”, lembrando que ali perto, na zona balnear do Negrito, “o mar só passou a galgar o caminho depois do investimento municipal na ampliação da zona de solário virada a nascente”.

“A teimosia municipal que impera na concretização desta obra será prejudicial ao futuro do Terreiro de São Mateus, ao futuro do desenvolvimento desportivo, turístico, económico e social do Concelho, e só se entenda pela perpetuação socialista há 24 anos no poder municipal angrense”, rematou Sandra Garcia.