O candidato do PPD/PSD à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo defende que deve existir uma posição concertada entre entidades na promoção da oferta turística da ilha Terceira.
“A Terceira está há seis anos sem delegado de Turismo, em meu entender, uma estratégia clara para enfraquecer a ilha e a sua oferta turística”, lamentou Marcos Couto, salientando que “cabe à Câmara Municipal a tarefa de a organizar porque ninguém o fará por nós”.
No entender do social democrata, existem dois níveis distintos de organização: a organização interna e a organização externa.
Do ponto de vista interno, Marcos Couto entende que esta organização deve ser feita em sintonia com o outro município da ilha — Praia da Vitória — divulgando as belezas naturais, o património e as manifestações culturais.
“Estamos na época das touradas. Como aficionado, amante das touradas e participante assíduo desta nossa manifestação cultural, custa-me ver a forma como os turistas são colhidos nas nossas corridas de toiros, sem que lhes seja fornecida qualquer informação que preserve a sua segurança e a sua integridade física, promovendo, ao mesmo tempo, esta nossa festa que é um marco da nossa entidade cultural”, afirmou.
Para o candidato autárquico, trabalhar a este nível “é preservar a nossa identidade, promovendo-a fora da nossa ilha”.
No que toca à promoção a nível externo, Marcos Couto entende que, “mais uma vez, estamos abandonados”.
“Como exemplo disso, temos o recente abandono da SATA, empresa pública regional, da rota Terceira-Porto. Se era um dos objetivos do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT) a utilização da SATA como ajuda da Terceira, não percebo as razões pelas quais se tomou esta decisão”, referiu.
O candidato autárquico entende que esta ligação aérea deveria continuar sediada na Terceira, recebendo os passageiros das outras ilhas e encaminhando-os para o continente português.
“Mais uma vez, a opção foi centralizar em São Miguel. Estamos sozinhos”, lamentou.
Para Marcos Couto “é importante realçar o trabalho próximo a desenvolver com o município da Praia da Vitória, organizando as idas aos mercados nacional e internacional, promovendo uma oferta interna devidamente estruturada e organizada”.
“Os nossos inimigos não estão cá dentro. São outros”, concluiu.