Os deputados do PSD/Açores na Assembleia da República, Berta Cabral e António Ventura, questionaram hoje o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre as recorrentes queixas dos açorianos aos CTT – Correios de Portugal, S.A. (CTT), relativas “a atrasos na receção e envio de mercadorias para a Região provenientes do continente português. Uma situação que se agrava nas encomendas do correio internacional”, referem.
Nas questões colocadas a Vieira da Silva, os social democratas acrescentam que “também se ouvem queixas dos trabalhadores dos CTT, relativamente à degradação das suas condições de trabalho”, diz o social democrata.
Berta Cabral e António Ventura querem saber se o Governo da República tem conhecimento dessas queixas dos açorianos, “quer no tocante aos clientes dos CTT, assim como aos seus colaboradores, e que iniciativas e medidas poderá adotar o Executivo para solucionar tais situações”, adiantam.
“Também tem havido queixas sobre a morosidade no atendimento. Com demoras que se acentuam nos dias de pagamento das reformas”, dizem os deputados do PSD/Açores, relatando que, “com especial incidência em algumas ilhas, os açorianos relatam longos tempos de espera, por falta de pessoal no atendimento”.
Berta Cabral e António Ventura recordam que o PSD “já questionou o Governo sobre as queixas que tem recebido de atrasos nas encomendas e da degradação das condições de trabalho relativamente a todo o país. Mas até ao momento não tivemos qualquer resposta”.
Os deputados sublinham igualmente que, nas diversas audições realizadas na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, às diferentes organizações representantes dos trabalhadores dos CTT e à ANACOM, “foi genericamente referido que o nível de cumprimento do serviço público nem sempre é satisfatório”.
“Os CTT estão vinculados ao cumprimento do contrato de serviço público, pelo que são obrigados a prestar os serviços que integram o serviço postal universal, de acordo com os parâmetros de qualidade de serviço e os objetivos de desempenho fixados pela ANACOM”, concluem os parlamentares.