A construção de uma variante à cidade da Horta é um investimento estratégico para o desenvolvimento do Faial e há muito aguardado. Tal necessidade resultou em primeiro lugar de ter de se construir uma alternativa à estrada da Lajinha, uma vez que esta apresenta graves problemas com as furnas criadas pela penetração subterrânea do mar.
Por outro lado, a sua 2ª fase, permitirá ligar o norte e o sul da Ilha sem se ter de passar pelo centro da cidade da Horta, libertando-a de problemas de trânsito, sobretudo o de pesados, com que se depara atualmente.
Porém, construir esta estrada com menos de 5 kms tem sido uma verdadeira dificuldade! Desde 1996 que o PS promete essa variante aos Faialenses. Para que se avivem algumas memórias e para que sejam os leitores a fazer o seu próprio juízo, aqui deixo o longo historial de promessas deste investimento:
– 1996 – Programa eleitoral do PS – “Construção da Variante à cidade da Horta”;
– 1997 – Plano do Governo – “Construção de uma Variante à cidade da Horta”;
– 1997 – Comunicado do Conselho de Governo – “Abrir concurso público para a construção da envolvente à cidade da Horta, ainda no decorrer deste ano”;
– 2000 – Programa Eleitoral do PS – “Construir a Variante à cidade da Horta”;
– 2001 – Na Assembleia Regional o Secretário da tutela afirmou que “o que está decidido é lançar este ano a concurso
a 1ª fase da obra da Variante até Santa Bárbara”;
– 2004 – Programa eleitoral do PS – concretizar a construção da variante;
– 2006 – Construção da 1ª fase – 2, 5 kms – 5,8 milhões de euros;
– 2007 – Apresentação de um abaixo-assinado (subscrito por 2600 pessoas) a exigir que a 2ª fase se fizesse logo a seguir à primeira. Na ocasião, o Secretário informou que a 2ª fase só seria construída na legislatura seguinte (2008-2012);
– 2008 –Carlos César, em campanha eleitoral, anuncia a construção da 2ª fase da variante para a legislatura que ia começar;
– 2009 – Plano do Governo comtemplou para este investimento 25 mil euros para “estudos e projetos”;
– 2009 – Na Assembleia o Secretário dos Equipamentos declarou que a 2ª fase da variante estava em condições de avançar em 2010;
– 2010 – No plano regional estavam inscritos 100 mil euros para a “execução do projeto e expropriações”;
– 2010 (abril) – Delegado da Secretaria dos Equipamentos no Faial afirmou que “o projeto será certamente elaborado no decorrer deste ano e no próximo ano (2011) estamos em condições de iniciar a obra, é esse o compromisso do Governo Regional”;
– 2010 (Maio) – O Secretário da Tutela anunciou que o “Governo dos Açores vai avançar, de imediato, com o projeto relativo à segunda fase da variante à cidade da Horta” e que a mesma só se concretizaria na próxima legislatura (2012- 2016);
– 2011 – Plano do Governo contemplou 48.660€ para a “elaboração do projeto de execução da empreitada de construção da variante à cidade da Horta – 2ª fase”;
– 2011 – Governo adjudicou a elaboração do projeto da 2ª fase da Variante;
– 2012 – Programa eleitoral do PS – promover “a execução da 2ª fase da variante”;
– 2012 – No plano para este investimento estavam inscritos 48.500€ para a “execução do projeto de execução”;
– 2013 – Plano continha 16.100€ para a “conclusão do projeto. Aquisição de terrenos”;
– 2013 – Carta das obras públicas prevê para o 1º semestre de 2015 a construção da 2ª fase da variante (1,6 kms);
– 2014 e 2015 – nos planos para estes anos não há qualquer referência específica a esta obra;
– 2014 – Na Assembleia o Secretário da tutela, quando questionado sobre este investimento, afirmou que “quanto à circular interna da Madalena reiterou o compromisso em cumprir esse objetivo nesta legislatura e o mesmo para a 2ª fase da variante à cidade da Horta, mas que para estas ações se aguarda a possibilidade de elas serem elegíveis nos fundos comunitários”.
Deste longo historial de promessas não cumpridas resulta claro que esta governação socialista tem enganado os Faialenses. Este e muitos outros exemplos provam que não se pode acreditar nestes políticos. Não se pode acreditar na sua palavra. Não se pode acreditar nos seus manifestos eleitorais. Não se pode acreditar nos planos anuais. E também não se pode acreditar em outros documentos, como sejam, neste caso, a Carta de Obras Públicas. Esta é uma governação desacreditada e não confiável e isso é o pior que pode acontecer a quem tem a responsabilidade de governar!
Só há uma solução: substituí-la.