“Pressão contínua” do Governo dos Açores nas instâncias europeias garante reforço da vacinação

O líder parlamentar do PSD/Açores afirmou que a “pressão contínua” do Governo Regional junto das instâncias europeias conduziu ao reforço da vacinação em todas as ilhas, assegurando uma “diferenciação positiva” do arquipélago.

“Foi a pressão contínua por parte do Governo Regional junto das instâncias europeias, com a argumentação de que os Açores como Região Ultraperiférica, isolada a meio do Atlântico Norte e com ilhas sem hospital, tinha de ser obrigatoriamente objeto de uma diferenciação positiva no processo de combate à pandemia da COVID-19, que permitiu acelerar a cadência de vacinação dos nossos concidadãos”, disse Pedro do Nascimento Cabral, numa declaração política feita no plenário da Assembleia Legislativa dos Açores.

Segundo o presidente da bancada social-democrata, foi a ação do Executivo da coligação PSD/CDS-PP/PPM que levou ao reconhecimento de uma “diferenciação positiva dos Açores no combate à pandemia por parte do Governo da República, que determinou a vinda do coordenador nacional de vacinação, Vice-Almirante Gouveia e Melo, e uma equipa militar para, ao nosso lado, acelerar o processo”.

“O senhor Vice-Almirante reconheceu que os Açores tinham tido ‘alguma desvantagem’ no processo de vacinação em curso, em termos comparativos com o continente, desmentindo assim as declarações feitas na véspera pelo presidente do Partido Socialista dos Açores, deputado Vasco Cordeiro”, frisou.

Pedro do Nascimento Cabral destacou também a “nítida dissonância” entre as declarações de vários deputados do PS, que se congratularam com a vacinação em massa nas ilhas sem hospital, e as de Vasco Cordeiro, que exigiu que deveria ser dada prioridade a São Miguel.

“Vários deputados socialistas reconheceram que o processo de vacinação contra a COVID-19 melhorou substancialmente na Região, em nítida dissonância com as declarações do presidente do PS/Açores, deputado Vasco Cordeiro que, ao contrário do que decidiu com a distribuição de máscaras sociais em 2020, priorizando ilhas sem casos e sem hospital, veio agora, numa atitude manifestamente eleitoralista, defender o reforço de vacinação da ilha de São Miguel, quando, conforme o próprio sabe, esta vacinação está em curso e em ritmo crescente”, frisou.

Para o líder parlamentar do PSD/Açores, o presidente do PS/Açores, ao contrário da postura “solidária” dos partidos da oposição em 2020, “decide não devolver esta mesma solidariedade e mergulha, de forma politicamente irresponsável, na espuma dos dias, com o objetivo de procurar retirar dividendos políticos do combate à pandemia para as próximas eleições autárquicas”.

Na sua declaração política, Pedro do Nascimento Cabral realçou que a atual governação “também honra os compromissos que assumiu com o povo dos Açores noutras áreas, que são determinantes para o nosso desenvolvimento social, económico e cultural”.

“É o caso da entrada em vigor, no passado dia 1 de junho, da denominada ‘Tarifa Açores’. Esta foi mais uma promessa feita com sentido de responsabilidade e ciente de que a mesma era exequível, apesar das críticas e desconsiderações constantes de que foi alvo por parte do PS e de Vasco Cordeiro”, lembrou.

Para o líder da bancada social-democrata, a criação passagens aéreas inter-ilhas a 60 euros “revoluciona e abre uma nova fase da nossa Autonomia, assente no objetivo de aproximar os açorianos, bem expressa nos mais de oito mil bilhetes vendidos logo nos primeiros dias da sua implementação”.

“A ‘Tarifa Açores’ permite que os residentes possam circular pelo arquipélago dinamizando o mercado interno dos Açores, com natural destaque para o turismo, envolvendo, claramente, a hotelaria, o alojamento e comércio local, a restauração, empresas de aluguer de viaturas, entre outros ramos, bem como as de lazer ligadas predominantemente ao mar e à natureza”, disse Pedro do Nascimento Cabral.