Duarte Freitas afirma que governo agiu com “autoritarismo” na Caldeira Velha

O presidente do PSD/Açores considerou que o governo regional atuou com “autoritarismo” ao retirar à câmara da Ribeira Grande a gestão da Caldeira Velha, ignorando os diversos prémios de “boas práticas ambientais” recebidos pelo município.

“A Ribeira Grande é exemplar no que toca às boas práticas ambientais, razão pela qual entidades como a Universidade do Minho e a Associação Bandeira Azul da Europa têm vindo, sucessivamente, a atribuir prémios ao município. Por isso, é muito estranho que o governo regional, com autoritarismo e de forma unilateral, tenha retirado à câmara da Ribeira Grande a gestão da Caldeira Velha”, afirmou.

O líder dos social-democratas açorianos, que falava após uma reunião com o executivo camarário ribeiragrandense, lamentou a forma como foi feita a rescisão do protocolo por parte da secretaria regional do Ambiente.

“[O protocolo foi rescindido] com um telefonema e um ofício que chegou duas horas depois, sem haver informação prévia. Nem sequer houve respostas às questões que o município colocou sobre matérias que tinham a ver com a capacidade de carga e a reestruturação que era necessária do espaço”, frisou.

Duarte Freitas referiu que outro dos motivos que causam estranheza na decisão do governo regional é haver diversos espaços naturais no arquipélago geridos por entidades privadas.

“Esta foi, pura e simplesmente, uma medida autoritária e unilateral, de um governo de ‘quero, posso e mando’, e que, no caso da Ribeira Grande, quis demonstrar que a câmara e os ribeiragrandenses, não sendo da sua cor política, iam ser castigados”, afirmou.

O presidente do PSD/Açores mostrou também a sua “grande preocupação” com os 12 funcionários da Caldeira Velha, cujo futuro está agora em causa.

O líder dos social-democratas açorianos lamentou ainda que a gestão da Caldeira Velha seja agora entregue à Azorina, uma empresa pública “semi-falida” com um passivo de 10 milhões de euros.