O deputado do PSD/Açores Carlos Rodrigues enalteceu esta manhã “o esforço e o trabalho do Governo da Coligação PSD/CDS/PPM para dotar a Região de melhores condições de abastecimento em termos de carga marítima, mesmo face ao aumento substancial que a mesma tem registado”.
O social-democrata realçou que, “nos Açores de hoje há mais rotas, mais investimento e mais carga transportada, como se pôde comprovar no primeiro trimestre de 2025. Esse aumento substancial de carga – também de e para a Região – resulta da dinâmica que a nossa economia vem apresentando, em todos os setores, nos últimos anos”.
Para Carlos Rodrigues, “é evidente e claro que os tempos mudaram, as exigências aumentaram e o mercado evoluiu. Por exemplo, nunca exportamos tanto gado vivo, e o mesmo se pode dizer da exportação em carcaça, e isso deve-se à modernização e adaptação dos Matadouros levada a cabo por este Governo”.
“Aliás, nunca a carne dos Açores teve tanta procura e foi tão valorizada como agora, mas esse constante crescimento também origina constrangimentos nos transportes marítimos, pois há regras específicas, principalmente na articulação dos transbordos e na comunicação entre armadores que criam condicionamentos, perante os quais o Governo está também a trabalhar”, referiu.
“Para além do aumento no volume de carga, as questões climatéricas voltaram este ano a limitar a operacionalidade dos portos, pois já tivemos cerca de 10 alertas Laranja, equivalentes a muitos dias de tempo impróprio para a circulação e operação na maioria dos portos, a que se juntaram avarias e manutenções dos navios, com constrangimentos para o tráfego local”, elencou o parlamentar.
“Mas o certo que tem havido um grande empenho do Governo dos Açores na procura de melhorias para os transportes marítimos, reunindo regularmente com os armadores e sensibilizando-os para uma maior eficácia, assim como há constante reporte às entidades que fiscalizam e fazem cumprir o que está acordado nas obrigações de serviço público”, explicou Carlos Rodrigues.
O deputado do PSD/Açores recordou a forma como o Governo “teve de procurar soluções alternativas, como foi o caso do escoamento de gado em Santa Maria, em que pela primeira vez se fez deslocar um navio para o efeito – neste caso, o Margareth – evitando que os exportadores tivessem milhares de euros de prejuízo”.
“Também deve ser elogiada a opção de dedicar os navios Thor – à Ilha do Corvo – e Margareth – à Ilha das Flores – ao Grupo Ocidental, sem dúvida uma das grandes decisões deste Governo, pois aquelas ilhas têm pleno direito a um abastecimento regular e com qualidade, até pelas condicionantes climatéricas tantas vezes verificadas”, encerrou Carlos Rodrigues.
No âmbito do debate de hoje sobre transportes marítimos, a deputada Cecília Estácio realçou “o empenho deste Governo para um melhor abastecimento da ilha das Flores”, lembrando que, em 2018, “antes de o furacão Lorenzo ter destruído o porto comercial das Lajes, houve 33 escalas de navios. Já em 2024, o número de escalas aumentou para 37”.
De igual modo, acusou os anteriores executivos “pela não-manutenção do porto, isto durante a governação socialista, assim como o incumprimento do Governo da República do PS na transferência de verbas, que fez com que o atual governo açoriano tivesse de entrar com 200 milhões de euros para a recuperação do porto”, disse.
Também o deputado social-democrata Adolfo Vasconcelos frisou a importância “do aumento dos movimentos no porto da Praia da Graciosa, pelo que isso já representa para a economia da ilha”, com especial enfoque “na passagem a um toque semanal do navio de carga, sem dúvida uma medida essencial para a ilha, e que todos saudamos”.