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O Parlamento regional aprovou hoje o novo sistema de incentivos financeiros à Comunicação Social privada nos Açores, um Plano do Governo com um montante previsto de dois milhões de euros, “que vem dotar as redações dos meios necessários para poderem exercer melhor o seu trabalho”, disse Paulo Simões, deputado do PSD/Açores.

O social-democrata lembrou “um cenário regional que, em abstrato, indica que mais de metade dos órgãos de comunicação social dos Açores estão em riscos de fechar”, com a maioria das empresas “ainda a recuperar dos danos causados pela pandemia, e sendo um facto indesmentível que a situação tende a agravar-se”.

“A comunicação social é o elo que liga os povos e, no caso concreto, é a ligação de todas as ilhas e dos açorianos à sua diáspora”, avançou Paulo Simões.

“Não conseguimos imaginar uma ilha sem um jornal, sem uma rádio, pelo menos isso. E não podemos esquecer que, numa situação de catástrofe de crise social, também aí é importante o papel da comunicação social, que será fundamental para manter as populações informadas”, frisou o parlamentar.

Paulo Simões alertou para o facto de “estarmos a ser inundados por informação que não constitui verdade, e há um risco, que é o de essa informação ser muitas vezes intencionalmente deturpada, havendo até forças políticas que usam templates de órgãos de comunicação social oficiais para tentar obter credibilidade para a informação que passam”, afirmou.

Numa explicação generalizada, Paulo Simões considerou que “este será sempre um apoio para o bem da comunicação social regional”, recordando que “são os governos autoritários, autocratas e ditatoriais que exercem o direito de controlar a informação, sobretudo começando pela informação pública”.

O deputado do PSD/Açores lembrou igualmente “a multiplicidade de apoios diretos e indiretos existentes para a comunicação social de vários países europeus e não só, sem que isso alguma vez tenha beliscado a idoneidade dos seus governos”, concluiu.