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O Grupo Parlamentar do PSD/Açores pediu explicações ao Governo Regional sobre a “dívida oculta” deixada pela gestão socialista na SATA, que foi condenada a pagar seis milhões de euros adicionais pela cessação antecipada do contrato de aluguer do Airbus A330 ‘Cachalote’.

“Com esta decisão judicial, a opção pela aeronave Airbus A330 irá representar um prejuízo total de cerca de 50 milhões de euros para a SATA, agravando a situação financeira da companhia aérea açoriana”, afirmou o líder parlamentar social-democrata, João Bruto da Costa, em requerimento entregue na Assembleia Legislativa dos Açores.

De acordo com o presidente do Grupo Parlamentar do PSD/Açores, “trata-se de uma dívida oculta deixada pela gestão socialista na SATA que deve ser devidamente explicada, independentemente da investigação judicial que se encontra em curso ao negócio do aluguer do Airbus A330”.

Recorde-se que, segundo uma auditoria do Tribunal de Contas revelada em abril de 2023, o aluguer do Airbus A330 popularmente conhecido por ‘Cachalote’ “foi uma decisão estratégica não sustentada tecnicamente” e que originou “perdas na ordem dos 42 milhões de euros”.

“Como se esta situação não tivesse já sido suficientemente penalizadora para a companhia aérea, é agora tornado público que o Grupo SATA poderá ter de pagar sete milhões de dólares adicionais (cerca de seis milhões de euros) pela cessação antecipada do contrato de locação do Airbus A330”, salientou João Bruto da Costa.

O deputado social-democrata explicou que, “além do montante peticionado, divulgado pela imprensa, acrescem juros e custas judiciais”, num valor que pode ascender a cerca de sete milhões de dólares.

No requerimento, o líder parlamentar do PSD/Açores solicitou ao Governo Regional informações sobre o “impacto financeiro e na tesouraria” do Grupo SATA desta decisão judicial e quais “os motivos e os factos que levaram à condenação da SATA Internacional – Azores Airlines pelo Tribunal Comercial de Londres”.

O presidente da bancada social-democrata pretende igualmente saber “em que medida a condenação da empresa condiciona a estratégia definida pelo atual conselho de administração para o Grupo SATA”.

João Bruto da Costa deixou ainda “um desafio ao Partido Socialista para assumir, com rigor e verdade, as suas enormes responsabilidades no descalabro financeiro do Grupo SATA, de que esta decisão é apenas mais um exemplo”.

“O PS e o deputado Francisco César não podem fugir às suas responsabilidades políticas, em consequência da politização que impuseram na gestão do Grupo SATA”, concluiu.

 

Fotografia: Ronen Fefer / Flickr