Skip to main content

O Eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral salientou o impacto da poluição de plásticos no meio marinho, na Sessão Plenária que decorreu hoje em Estrasburgo, referindo que “cerca de 11 milhões de toneladas de resíduos plásticos, e, microplásticos, fluem anualmente para os oceanos, contaminando as nossas costas e locais de mergulho. E todos nos recordamos da maré de pellets de plástico que deu às nossas costas”.

Paulo do Nascimento Cabral reforçou que os plásticos em ambiente marinho resultam em danos ambientais, por serem “uma das maiores ameaças à conservação da biodiversidade e dos ecossistemas marinhos oceânicos. Mais de 800 espécies marinhas e costeiras são afetadas por esta poluição através da ingestão, e emaranhamento”, referindo ainda as consequências “para o ser humano, uma vez que a exposição aos plásticos pode prejudicar a sua saúde”.

No debate intitulado “Necessidade de concluir um ambicioso acordo internacional, juridicamente vinculativo, sobre a poluição por plásticos, inclusive no meio marinho”, o Eurodeputado do PSD salientou as práticas e as preocupações relativas a esta matéria em Portugal. “Adotámos recentemente o Plano de Ação Nacional para o Lixo Marinho, e consta do nosso manifesto eleitoral, a criação do Observatório do Lixo Marinho, que resulta de sinergias com diversas organizações não governamentais do ambiente, que têm feito um trabalho fantástico na defesa do nosso oceano e zonas costeiras”, referiu.

Paulo do Nascimento Cabral saudou ainda “a colaboração e empenho dos pescadores e operadores marítimos, que muitas vezes pescam, literalmente, plásticos, ajudando a limpar o nosso Oceano Atlântico, e salvam muitas espécies marinhas”.

A concluir a sua intervenção o Eurodeputado apelou ainda à necessidade “de apostar na redução, reutilização e reciclagem dos plásticos, e na cooperação internacional, neste que é um esforço coletivo que deve ter metas obrigatórias e ambiciosas”.

Por fim, respondendo a uma questão relativa à dimensão das embalagens, que seguiu a sua intervenção, o Deputado ao Parlamento Europeu reiterou que importam não apenas as consequências, “que muito se fazem sentir em Regiões Ultraperiféricas, como por exemplo nos Açores, que é uma região oceânica”, mas também as causas e o caminho a traçar para as soluções, defendendo o envolvimento de toda a fileira, nomeadamente “dos próprios produtores de polímeros de plástico, que devem financiar a sua recolha e também ser responsabilizados pela sua utilização e transporte”.