O deputado açoriano do PSD Paulo Moniz afirmou hoje que os deputados do Partido Socialista “prestam um mau serviço à Região” na Assembleia da República, com excessos de “ingratidão, perante o que o atual Governo da AD – Aliança Democrática já fez pelos Açores”.
“É preciso ter falta de vergonha para tamanha ingratidão e esquecimento”, referiu o parlamentar, sobre o facto de os socialistas “estarem a exigir aquilo que, em oito anos, o PS não fez pelos Açores”, adiantou.
“Este Governo da AD – Aliança Democrática destinou, entre outros assuntos, em três meses, cerca de 140 milhões de euros para os Açores”, lembrou.
“São os 75 milhões adicionais que sairão deste Orçamento para os Açores. Já foram 20 milhões antecipados para o Hospital de Ponta Delgada e 46 milhões de euros para pagar a dívida deixada pelo PS por causa dos prejuízos do furacão Lorenzo. Tudo isto para resolver aquilo que [os socialistas] propositadamente nunca resolveram”, considerou Paulo Moniz.
O social-democrata recordou que “este Governo da AD está a dar 75 milhões de euros aos Açores sem ter essa obrigação, num sinal claro de comprometimento e reconhecimento pela necessidade urgente de revisão da Lei de Finanças Regionais.”
Paulo Moniz lembrou, igualmente, que, em plena pandemia, “o Governo de António Costa retirou 20 milhões de euros aos Açores, não tendo sido capaz, num tempo excecional, de manter as transferências para os Açores, que então ficaram com menos 20 milhões de euros”.
“É esta falta de consciência, solidariedade, é esta falta de visão patriótica e do país como um todo que o PS nunca teve e que a AD tem”, insistiu.
“É lamentável ouvir o Partido Socialista falar em plano de emergência e em resgates, quando, em 2012, foi o próprio Partido Socialista que estabeleceu, em surdina, um plano de resgate aos Açores de 185 milhões de euros”, realçou o deputado.
“E quem assinou o documento foi o senhor deputado Sérgio Ávila, à data vice-presidente do Governo e responsável pelas Finanças”, acrescentou Paulo Moniz.
“Foi o PS que, em surdina, obrigou ao impensável, que era os Orçamentos dos Açores virem primeiro ao Ministro das Finanças receber o ‘ok’, antes de serem entregues na Assembleia Legislativa dos Açores”, recordou.
“Foram os senhores [Francisco César e Sérgio Ávila] que puseram a Autonomia de joelhos, que humilharam a Autonomia pela vossa mão, em segredo, e agora ainda vêm inventar resgates, dizendo que esta transferência é aquilo que não é”, concluiu.