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O líder parlamentar do PSD/Açores manifestou hoje a sua “discordância e preocupação” com o encerramento de balcões da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em sete concelhos da Região e criticou o “descarado ziguezague do Partido Socialista” nesta matéria.

Para João Bruto da Costa, o fecho de balcões de atendimento da CGD nas ilhas de São Miguel, São Jorge, Pico e Flores “põe em causa a coesão social e territorial, sendo particularmente prejudicial para os cidadãos que têm baixa literacia financeira e digital”.

“Importa lembrar que os concelhos afetados apresentam uma população mais envelhecida, que é a que mais utiliza os balcões de atendimento presencial. Além disso, são afetadas as pessoas que estão mais distantes dos centros urbanos, pois terão, em alguns casos, de se deslocar mais de 30 quilómetros para aceder a um balcão de atendimento, o que também pode levar a congestionamentos nas agências que se mantêm em funcionamento”, acrescentou.

Segundo João Bruto da Costa, “o PSD/Açores sempre entendeu que a CGD tem como missão, enquanto entidade pública, assegurar um serviço com rapidez e proximidade. Mesmo que se avance com a instalação de agências sem tesouraria presencial e só com máquinas automáticas, não pode ser descurado o funcionamento de balcões com atendimento ao público”.

O social-democrata recorda que, já no passado, e perante o encerramento de balcões de atendimento da CGD na Região, “o PSD/Açores afirmou a sua discordância, por se tratar de um banco público e, por isso, com responsabilidades ao nível do serviço público”.

De acordo com João Bruto da Costa, “também nesta matéria o PSD/Açores mantém a sua matriz de defesa dos interesses dos açorianos, independentemente de quem está no Governo da República, motivo pelo qual se lamenta o descarado ziguezague do deputado Francisco César e do Partido Socialista sobre o assunto”.

“Francisco César, que agora se diz preocupado com esta questão, é o mesmo que afirmava na Assembleia Legislativa dos Açores, a 17 de maio de 2017, que o encerramento de balcões da CGD era ‘um mal necessário’”, lembrou.

“Uma vez mais, as posições do deputado Francisco César e do PS/Açores variam consoante a cor política do Governo da República”, concluiu.