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O Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, reafirmou hoje a importância da criação, no âmbito da União Europeia, de um programa POSEI Transportes que atenda às “especificidades” das Regiões Ultraperiféricas, como forma de promover “uma verdadeira coesão territorial e social” do arquipélago.

José Manuel Bolieiro falava aos jornalistas à margem de um encontro sobre a criação de um POSEI (Programa de Opções Específicas para fazer face ao Afastamento e à Insularidade) para os Transportes, que reuniu personalidades ligadas aos transportes aéreos, terrestres e marítimos dos Açores e que foi promovido pelo eurodeputado do PSD Paulo do Nascimento Cabral.

O líder social-democrata açoriano considera que “a União Europeia tem um objetivo que, para ser concretizado, tem de considerar uma solução de coesão territorial, de coesão social, densificando ou dando conteúdo ao conceito da continuidade territorial”.

A reivindicação de um POSEI Transportes, salientou, é uma solução importante para o “desenvolvimento da economia da Região, afetada pelos constrangimentos da sua dimensão, dispersão, distância e sobrecusto do transporte”.

José Manuel Bolieiro defende “uma política europeia condensada num programa especial como o POSEI Transportes, garantindo competitividade às nossas empresas e mais justiça no quadro da concorrência do desenvolvimento da economia do mercado único da União Europeia”.

“Daí a importância da voz dos Açores no Parlamento Europeu”, frisou, a par “da informação das tendências das decisões da União Europeia nos Açores, para uma participação crítica, enquanto Região Ultraperiférica”.

O encontro que se realizou em Ponta Delgada constitui, assim, o compromisso do desempenho do mandato do eurodeputado Paulo do Nascimento Cabral, “passando das palavras aos atos”, apontou o líder social-democrata.

Reconhecendo que os Açores são, igualmente, “fruto da sua realidade geográfica, história e identidade”, José Manuel Bolieiro asseverou que constituem “também um ativo para o País e para a União Europeia”.

Por essa razão, o Presidente do PSD/Açores encara esta relação com base no que a Região tem “a oferecer e a reivindicar, com justiça, as oportunidades que também proporcionamos ao País e à União Europeia”, do que propriamente “andar de mão estendida a pedir ajuda”.

“Nós somos uma grande Região. Portugal é mais com os Açores e só tem verdadeiramente importância Atlântica por causa dos Açores”, reitera.

Assim sendo, advogou o Presidente do PSD/Açores, “é preciso olhar para a Região, não como um sacrifício de despesa, mas antes como o ativo principal para um país relevante, sucedendo o mesmo na relação com a União Europeia, neste período de transição climática, digital e energética”.

O líder social-democrata açoriano sustenta que, para que se faça sentir “a consciência desse ativo” que são os Açores para a União Europeia, implica criar “compensações devidas no apoio ao desenvolvimento” do arquipélago.

“O desafio que queremos colocar é mais sistémico. Isto é, reunir num documento, mais coerente e específico para as Regiões Ultraperiféricas, a panóplia de instrumentos e políticas europeias que suportam a compensação aos custos dos transportes e, portanto, da economia de bens transacionáveis ou da mobilidade de pessoas e bens”, concluiu.