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O deputado do PSD/Açores Joaquim Machado defendeu esta tarde que a atividade cultural nos Açores seja independente, “com liberdade de produzir, de criar, organizar e de divulgar”, ajustada ao modelo de sociedade do século XXI.

Joaquim Machado interveio na discussão do voto de protesto do BE sobre os apoios financeiros aos agentes culturais dos Açores, na sessão plenária de setembro que decorre até amanhã, na Horta.

“O que o BE estava a reivindicar aqui é um modelo de cultura e de sociedade que não corresponde àquele que nós temos, e que, portanto, não queremos”, disse.

O parlamentar social-democrata critica o “modelo de cultura estatizada”, dependente “até à última instância da regulação, da definição, da orientação e do financiamento do Estado – exclusivamente suportado pelos contribuintes”.

“Não é isso que nós queremos”, reiterou, sublinhando que “a cultura não se insere num modelo de sociedade defendido pelo BE e que em todos os sítios em que foi aplicado, foi malsucedido”.

Para Joaquim Machado, o financiamento público da cultura deve ser materializado “de forma complementar, para enriquecer a capacidade e potencialidade existente no que já existe no terreno dos agentes culturais, que mais ou menos organizados, são capazes de produzir”.

O deputado do PSD/Açores desvaloriza assim a realização de eventos culturais que dependam exclusivamente do apoio financeiro do Governo Regional, como sucedeu durante a governação socialista.

“Quando há organizações que dizem que irão cancelar um evento porque o Governo não adiantou o pagamento, acho que faz bem e que tudo deve ficar por aí”, afirmou.

Se tal sucede “é porque alguma coisa falhou, é porque não é um projeto consistente e sustentável e não vale a pena ser levado por diante”, vincou.

Mais acrescentou que, “se uma entidade não tem capacidade para sobreviver pelos seus meios, não deve ser o contribuinte a pagar a fatura de tais insucessos”.

Joaquim Machado destacou, por fim, o trabalho que o Governo da Coligação (PSD, CDS-PP e PPM) tem desenvolvido na área da Cultura, atendendo às suas características e distribuição geográfica, sendo que ainda recentemente foram atribuídos apoios financeiros a 47 bandas filarmónicas da Região, de todas as ilhas, com exceção do Corvo, para fazer face à aquisição de instrumentos e fardamento e comparticipar despesas de financiamento, como os horários dos maestros.