A Comissão Política do PSD/Lagoa considera que há “um autêntico vazio na gestão da Junta de Freguesia do Cabouco”, uma realidade “que se confirma com o inusitado anúncio do seu presidente, a dizer que não será candidato nas próximas eleições autárquicas, sem que tenha sido sequer questionado sobre o assunto”.
Para os social-democratas, “a pessoa que tem sido incapaz de prestar contas do seu trabalho, presente e passado, com objetividade e transparência, aos órgãos autárquicos competentes, vem agora a público responder ao que ninguém lhe perguntou, e que está relacionado com um futuro ainda relativamente longínquo”.
O PSD/Lagoa manifestou assim, aos seus militantes do núcleo do Cabouco, e demais cidadãos “que desejam mudança e progresso para aquela freguesia, uma natural estupefação pelo anúncio público em causa”, alertando que “a agenda para o desenvolvimento do Cabouco não pode ser refém da agenda da dança das cadeiras do Partido Socialista”.
“O que o senhor presidente da Junta fez é um reflexo da sua própria gestão: tantas linhas e apenas um vazio, sendo claro que o PS o terá arredado das futuras listas. Será que Adriano Costa sabe o motivo? Será que o partido a que serve teve a gentileza de lhe dizer?”, questionam.
“Para se ser autarca, não basta vencer eleições. Não deve ser autarca quem quer, mas sim quem tem a vocação de serviço público e quem não trata uma Junta como uma empresa de que é proprietário único”, referem os social-democratas da Lagoa, para quem “um autarca deve colocar os interesses de quem lhe confiou o seu voto acima de todos os demais, mesmo de quem represente o mesmo partido”.
Para a Comissão Política do PSD/Lagoa, “a comunicação inusitada do senhor presidente da Junta de Freguesia do Cabouco mostra-nos como não é heroico fazer o básico, que é apenas cumprir até ao fim um mandato, especialmente quando há uma manifesta incapacidade para a função em causa. Nesse caso, defendemos que se renuncie ao lugar para o qual se foi eleito, para que outros o ocupem com verdadeira lealdade às pessoas que votaram”.
“Para o PSD/Lagoa, as instituições são mais importantes do que quem as dirige. As pessoas passam e as instituições ficam”, afirmam, nunca esquecendo que “as responsabilidades individuais de cada indivíduo, nessas mesmas instituições, se mantêm. Mesmo quando as pessoas abandonam as suas funções, devendo responder por tudo o que diga respeito ao período em que exerceram as mesmas”, concluem.