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O candidato da AD – Aliança Democrática ao Parlamento Europeu nas eleições de 9 de junho, Paulo do Nascimento Cabral quer quotas de Pesca “justas e adequadas” aos Açores, num “trabalho coordenado entre a ciência, a investigação e decisores europeus”.

“As entidades europeias precisam de ter um contacto direto e permanente com as nossas justificações técnicas e científicas. Trata-se de um caminho que não se pode perder. Irei trabalhar e batalhar para que possamos ter as quotas adequadas à gestão dos stocks das espécies que existem nos Açores”, afirmou.

Paulo do Nascimento Cabral prestava declarações à comunicação social à margem de uma reunião com pescadores da Vila de Rabo de Peixe, com o objetivo de levar as preocupações mais prementes do setor junto da Comissão Europeia.

O social-democrata garante “celeridade na transmissão da informação da Região, do ponto de vista técnico e científico”, de modo a se proceder a “ajustes nas quotas”, exortando à participação dos pescadores no processo.

Da sua parte, a sua política de atuação pautar-se-á “pela verdade, falar sempre de forma transparente, dizer o que é possível fazer e o que é expectável”, assumiu-se assim também perante os pescadores.

“Os pescadores têm alguma razão no que toca ao corte precaucionário das quotas de pesca por parte da Comissão Europeia, pois os stocks de algumas espécies estão saudáveis, como conferem os dados científicos da parte de instituições de investigação como o caso Okeanos”, sublinhou, admitindo existir “uma falha na comunicação da parte científica para a parte da decisão política europeia que, em muitos casos, prejudica as Regiões Ultraperiféricas”.

O candidato da AD – Aliança Democrática reconhece que os Açores detêm “uma frota artesanal, com metodologias de pesca bastante sustentáveis e amigas do ambiente, que importa proteger, especialmente a frota de pequena escala”.

Por outro lado, Paulo do Nascimento Cabral pretende “autonomizar o POSEI-PESCAS”, ou seja, que “os apoios europeus destinados ao setor das Pescas sejam geridos especificamente pelos Açores”.

O social-democrata explicou que o POSEI-Pescas foi extinto, integrado no FEAMPA (Fundo Europeu de Assuntos Marítimos, Pescas e Aquicultura), “limitando a liberdade da Região em definir regras específicas para o setor nos Açores, criando em simultâneo mais burocracia e atrasos na atribuição de apoios”.

Uma situação que se compromete em reverter na próxima revisão da Política Comum de Pescas “para que seja a Região a decidir e garantir que as especificidades sejam salvaguardadas, valorizadas e promovidas todas as artes de pesca sustentáveis, sem criar entraves à renovação das frotas por motivos de segurança e salubridade”, concluiu.