O candidato da AD-Aliança Democrática às eleições europeias do próximo dia 9 de junho, Paulo do Nascimento Cabral, defendeu a autonomização do POSEI-Pescas, considerando que “só assim será melhorada a definição de políticas específicas para o setor nos Açores”.
O social-democrata reuniu, na cidade da Horta, com o presidente da Federação das Pescas dos Açores, Jorge Gonçalves, num encontro que abordou, “para além da autonomização do POSEI-Pescas, a definição de áreas marinhas protegidas, a participação dos pescadores como agentes ativos no processo de desenvolvimento da Economia Azul e a definição de quotas de pesca”.
“Foi uma reunião muito produtiva”, referiu, elogiando “o pensamento e a visão do presidente da Federação das Pescas, assim como a sua estratégia de defesa do setor e o aconselhamento científico, também ao reconhecer que os pescadores são defensores do Ambiente”, disse Paulo do Nascimento Cabral.
O candidato da AD-Aliança Democrática deu nota de que o fim do POSEI-Pescas, através da sua integração no Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos, Pescas e Aquicultura, “levou a que a Região perdesse autonomia na gestão dos Fundos da Pesca, além de aumentar a burocracia e atrasar os processos, limitando a definição de políticas específicas para o setor nos Açores”.
“Assim, consideramos urgente que na próxima revisão do Quadro Financeiro Plurianual Pós 27 se possa autonomizar novamente o POSEI-Pescas do FEAMPA, tornando o processo muito mais célere e mais adequado às nossas necessidades e especificidades”, defendeu.
Paulo do Nascimento Cabral enalteceu o setor e os pescadores, destacando a sua sensibilidade ambiental, “pois são também agentes ativos da Economia Azul, desde logo porque, hoje em dia, um pescador hoje tem também de ter conhecimentos de Economia, Biologia, Gestão de projetos, e tem até de ser um agente social”.
“Esta nova visão da Pesca, associada à investigação e à inovação, com novas tarefas, exige uma forte aposta na formação, mas torna igualmente necessária e urgente uma renovação geracional, que possa desenvolver medidas para atrair jovens para o setor”, referiu.
Sobre as áreas marinhas protegidas, Paulo do Nascimento Cabral lembrou que “são um objetivo das Nações Unidas, e em boa hora o Governo dos Açores decidiu ser pioneiro nessa área, pelo que é um motivo de orgulho para os Açores podermos ser das primeiras regiões a ter as suas áreas marinhas protegidas definidas, com uma monitorização contínua e uma gestão adequada”.
O social-democrata concluiu, ciente de que a União Europeia “tem de apoiar e contribuir para o ressarcimento de eventuais prejuízos que o setor das pescas possa vir a ter com estas medidas”, pugnando “pela possibilidade de abate de embarcações e a retirada com dignidade de profissionais, de modo a reduzir o esforço de pesca, mantendo e melhorando os rendimentos”.