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O presidente do Grupo Parlamentar do PSD/Açores João Bruto da Costa afirmou hoje que o “Programa do Governo consagra compromissos assumidos com os Açores”.

Na declaração final que antecedeu a aprovação do Programa do XIV Governo Regional dos Açores, o líder parlamentar social-democrata salientou que o documento que norteará a atuação do Executivo pauta-se pelo seu carácter “reformista, humanista e de respeito pela liberdade de iniciativa dos açorianos”.

Joao Bruto da Costa entende que o Programa do Governo vem sobretudo “dar continuidade às políticas de sucesso da Coligação PSD/CDS/PPM, somando-lhe identidade aportada dos programas eleitorais dos partidos aqui representados”.

Para o social-democrata, o “Programa congrega três anos de experiência de governação com bons resultados, e a capacidade de inovar sempre, sem receio de adotar soluções arrojadas e inovadoras”.

E para que os resultados continuem a dar bons frutos, impõe-se “a consistência das políticas e a sua duração que asseguram o sucesso e os resultados”, afirmou, ciente de que “os Açores estão hoje melhores do que em 2020” e os açorianos “escolheram maioritariamente continuar a mudança operada”.

Com base na mensagem transmitida pelo eleitorado à Coligação PSD/CDS/PPM, o Governo “apresenta novas propostas a acrescentar às já executadas e que têm continuidade, cumprindo o contrato eleitoral subscrito com a maioria dos açorianos”, destacou.

“Como disse o Presidente José Manuel Bolieiro no início deste debate, este é um Programa do Governo para todas as famílias, para todas as empresas e para todas as instituições da nossa Região”, reiterou.

Enquanto isso, o Partido Socialista “prefere cair nos braços do radicalismo e do extremismo, em vez de aceitar a derrota eleitoral, com humildade democrática e trabalhar para ser uma alternativa”, apontou o líder da bancada social-democrata.

Uma postura que contradiz com a campanha eleitoral que o PS levou a cabo, “a jurar a pés juntos que as grandes medidas deste Governo da Coligação seriam mantidas com um executivo socialista”.

“Passadas as eleições de 4 de fevereiro, o Partido Socialista dá o dito por não dito e anuncia o voto contra o Programa do Governo que inclui, nem mais, nem menos, as tais medidas que antes jurava defender”, apontou.

“Agora ninguém consegue compreender que durante estes dois dias de debate o Partido Socialista tivesse passado a maior parte do tempo a dizer que concorda com muitos dos objetivos incluídos no documento, mas vota contra”, lamentou.

Ou seja, assiste-se hoje a “uma repetição do que aqui se passou em novembro último no debate do Plano e Orçamento para 2024”, sublinhou, lembrando que nessa altura “o PS também votou contra, dizendo que concordava com as medidas propostas”.

“Essa é uma atitude antidemocrática por parte de um partido que não respeita nem valoriza a vontade expressa pelo povo em eleições”, numa atitude “motivada apenas pelo irresistível desejo de impedir este Governo de cumprir o mandato dado pelos açorianos, tentando lavar as mãos da elevada responsabilidade que tem com os seus 23 deputados”.

João Bruto da Costa acusa assim o líder do PS de uma “tosca tentativa socialista de inverter o ónus das suas responsabilidades”, citando Vasco Cordeiro: “o futuro constrói-se não com a força da critica destrutiva do bota-abaixo permanente, não com a oposição a tudo e a todos, mas sim com a força de um sonho e a vontade de o concretizar”.

“Dissemo-lo aqui, em novembro passado, que apenas por egoísmo e desprezo pelo interesse coletivo, o Partido Socialista promoveu o chumbo do Plano e Orçamento do último ano da legislatura, porque era esse o interesse do calendário eleitoral da programada transição de liderança, permitindo ao seu líder ter tempo para ser dispensado para as eleições europeias”, afirmou.

Mas o voto popular ditou a sua derrota a 4 de fevereiro, prosseguiu, acrescentando que “o Povo Açoriano disse também agora, no último 10 de março, que já não quer nada com os socialistas, seja com Vasco Cordeiro, seja com Francisco César”, salvaguardou.

João Bruto da Costa desafia assim o Partido Socialista a assumir uma postura responsável, em vez de “colocar a agenda partidária à frente dos interesses dos Açores”.

“De nada vale a hipocrisia de atirar para outros a culpa pelas frustrações sofridas com a derrota e com uma estratégia errada que prejudicou os Açores durante muitos anos”, vincou o líder parlamentar do PSD/Açores.

“Mas hoje, também é maior a motivação e a determinação em fazer ainda mais e melhor pelos Açores, porque sabemos que connosco estão a maioria dos Açorianos, e é com eles e para todos que iremos trabalhar”, concluiu o deputado do PSD/Açores.