A candidata da Aliança Democrática (AD) pelos Açores Ilídia Quadrado defende uma “intervenção urgente” na Cadeia de Apoio da Horta, confirmando “o papel relevante que aquele estabelecimento prisional desempenha, pois permite aos reclusos com penas mais leves estarem mais próximos das suas famílias”.
A social-democrata visitou o local, sendo acompanhada pelo diretor do Estabelecimento Prisional de Angra do Heroísmo, onde aferiu “a falta de investimento do Estado, ao longo dos anos”, considerando “urgente melhorar as condições de dignidade dos reclusos, não só nas infraestruturas, como também no apoio psicológico e social que favoreçam a sua integração na sociedade, após o cumprimento das penas”.
Segundo Ilídia Quadrado, “para além do incremento das condições de dignidade dos reclusos, o investimento é também fundamental para reforçar as condições de trabalho e de segurança dos profissionais que ali laboram”, alertou.
A candidata da coligação PSD/CDS-PP/PPM recorda que “este é um assunto que tem suscitado inúmeras preocupações ao longo dos últimos anos”, já que o estabelecimento prisional em causa “tem uma função muito importante no contexto geográfico e social do arquipélago, proporcionando quer aos reclusos, quer às suas famílias, mais contactos, maior proximidade e melhor acompanhamento, potenciando e favorecendo uma verdadeira reinserção social futura”.
“Para além disso, a Cadeia da Horta permite igualmente assegurar a estabilidade laboral e familiar dos profissionais que prestam serviço na infraestrutura, constituindo ainda uma valência importante para a economia da ilha”, acrescentou.
A candidata da AD lembrou igualmente que a Ministra da Justiça prometeu, “em setembro de 2022, que seriam realizadas obras de requalificação no local, no sentido de garantir a melhoria de condições para guardas e reclusos”.
“Desde então, nada foi feito pelo Governo da República do Partido Socialista em relação às prometidas obras na Cadeia de Apoio da Horta”, referiu.
Ilídia Quadrado disse ainda ser “essencial” que se entenda o sistema prisional “através de uma visão centrada na reabilitação e na reinserção social e não exclusivamente na punição. Sendo essa uma discussão já antiga, mas que interessa recuperar e ter em conta em futuras conversações e decisões políticas”, concluiu.