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Os TSD/Açores repudiaram hoje as recentes declarações do deputado socialista Vasco Cordeiro sobre o pagamento das valorizações remuneratórias dos trabalhadores da Administração Pública dos Açores, dizendo que, “apesar dos tempos de pré-campanha, não pode valer tudo”.

Segundo o líder da estrutura, Joaquim Machado, “os funcionários públicos açorianos sabem como Vasco Cordeiro os maltratou aquando da liderança da governação socialista. E sabem-no tanto os trabalhadores das carreiras gerais como os das carreiras específicas – professores, enfermeiros, médicos, técnicos de diagnóstico e terapêutica ou os que exercem funções na RIAC”.

“Sabem todos eles que Vasco Cordeiro se recusou sempre a responder positivamente às suas justas aspirações, designadamente quanto à estrutura das carreiras e respetivas remunerações”, recorda o social-democrata.

Assim, Joaquim Machado reforça que “a pré-campanha eleitoral não pode justificar o uso de meios insidiosos de combate político que, desacreditando os seus autores, também minam a dignidade das instituições e afastam os cidadãos das causas públicas. Não pode valer tudo”, afirma.

“Os funcionários públicos dos Açores não esquecem que Vasco Cordeiro congelou, entre 2012 e 2019, a remuneração complementar. E também não esquecem que lhes foi negada a redução do número de créditos para progressão nas carreiras, assim como os trabalhadores da RIAC não esquecem que Vasco Cordeiro lhes recusou qualquer acréscimo remuneratório”, lembrou.

O líder dos TSD/Açores sublinha que, “pelo contrário, o Governo da Coligação (PSD, CDS-PP e PPM) aumentou em 25%, em apenas três anos, o valor de referência da remuneração complementar. Professores, enfermeiros, médicos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, assistentes operacionais do setor educativo viram melhoradas as suas condições de trabalho, com ingressos nos quadros, revisão das carreiras e consequente valorização salarial. E aos trabalhadores da RIAC foi, finalmente, consagrado um suplemento remuneratório de 20%”, adianta Joaquim Machado.

“Pelo que a preocupação agora manifestada por Vasco Cordeiro tem tanto de hipocrisia política quanto de seriedade”, diz aquele responsável, para quem “os funcionários públicos dos Açores não esquecem tão cedo que há menos de um mês Vasco Cordeiro reprovou a proposta de Orçamento Regional”.

“Entre outras medidas importantes, o diploma procedia a um novo aumento da remuneração complementar e alargava a sua aplicação aos salários até 1700 euros, integrava mais de 500 trabalhadores nos quadros do Serviço Regional de Saúde, diminuindo em 40% o tempo necessário à progressão nas carreiras gerais, conforme é reivindicado pelos sindicatos desde 2018”, lembra Joaquim Machado.

O presidente dos TSD/Açores diz mesmo que “é por ter este peso na consciência, e pela proximidade das eleições regionais, que Vasco Cordeiro agora quer passar por amigo dos funcionários públicos. Só que já vem tarde”, conclui.