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A deputada do PSD/Açores Sabrina Furtado considerou ontem que o PS “está confuso com os bons resultados alcançados pelo Governo Regional”, sendo que “o seu discurso na região não coincide com o que o PS diz na República, relativamente às posições assumidas sobre o Orçamento para 2024”.

Para a social-democrata, “já não sabemos com que Partido Socialista é que estamos a falar, se com o de Vasco Cordeiro, que diz que este orçamento não serve a região e que deve ser chumbado, se com o Partido Socialista da família César que, na República, diz que aprovar um orçamento é muito importante para o país”, disse, no primeiro dia da discussão do Plano e Orçamento para 2024

“Mas também ficamos cada vez mais confusos, pois tudo aquilo que o Partido Socialista quer que aconteça está, de facto, plasmado no Orçamento de 2024, assim como o elenco de reivindicações do BE, que são afinal propostas que também constam do Orçamento. Talvez até tenham sido retiradas de lá, as que foram apresentadas hoje por aquele partido”, acrescentou Sabrina Furtado

A deputada recordou à bancada socialista da ALRAA que, “em 2015, foi o PS quem iniciou a moda da geringonça em Portugal”, pelo que, “e também neste momento, em que há dois partidos socialistas, aconselhamos a que se entendam para terem um discurso coerente”, frisou.

E lembrou um episódio, de julho de 2020, em Vila Franca do Campo, no cimo do edifício dos Foros do Solmar, “quando a então Secretária Regional da Solidariedade Social [hoje deputada do PS] Andreia Cardoso disse que a obra começava em agosto, quando a região nem era sequer proprietária do edifício”.

“Era assim que este Partido Socialista fazia as coisas, tendo deixado anúncios atrás de anúncios, este é um exemplo que serve para todo o resto”, da mesma forma que é “inadmissível o PS dizer que, na crise de 2012, sobravam casas nos Açores. Como é que se diz isso a quem procurava casa, a famílias que não tinham casa, sem identificação feita pelo anterior governo e sem a dignidade que merecem”, elencou.

“Este Governo começou do zero em muitas áreas e com muitos projetos, como na Habitação, sujeitando todos eles aos vistos do Tribunal de Contas, como é sua obrigação”, concluiu Sabrina Furtado.