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O Grupo Parlamentar do PSD/Açores acredita num arranque do novo ano letivo marcado “pela tranquilidade e pela estabilidade”, segundo afirmou a deputada Délia Melo, na sequência de uma visita à Escola Básica e Integrada da Lagoa.

A social-democrata sublinhou que “estão em curso profundas alterações normativas, que visam consolidar a autonomia das unidades orgânicas, assim como garantir uma maior estabilidade e reconhecimento dos profissionais da educação e contribuir para a construção de ambientes de aprendizagem mais diversificados e apelativos”.

E adiantou que “muitas dessas alterações vão ter expressão no ano letivo que agora começa, o que obrigou a um árduo trabalho de preparação do novo ano, por parte dos órgãos de gestão escolares, em articulação com a Secretaria Regional da Educação, no sentido de dar resposta às alterações aprovadas”.

“Saímos desta visita satisfeitos com a realidade que encontramos aqui na EBI de Lagoa. Sabemos, porém, que o cenário não é igual em todas as escolas, mas tudo está a ser feito para ultrapassar quaisquer adversidades, sendo que a maior de todas tem a ver com a falta de docentes”, afirmou Délia Melo.

“É preciso que se perceba que este problema deriva da constante desvalorização a que foi sujeita a classe docente, por parte dos governos socialistas. Os professores viveram anos na precariedade e nunca houve a preocupação de se perceber quantos docentes sairiam do sistema educativo regional, isto até à data em que o Governo de José Manuel Bolieiro iniciou funções, em novembro de 2020”, lembrou.

“A essa altura, não tínhamos disponíveis estudos que fizessem uma projeção das necessidades por grupo de recrutamento. Nunca foram feitas contas, mas este Governo fê-las de imediato, e verificou que, até 2024, está prevista a aposentação de mais de 300 docentes, condição que este Executivo já está a combater”, garantiu Délia Melo.

A deputada do PSD/Açores sublinhou que o Governo da Coligação “tem trabalhado diariamente para resolver o problema, como o demonstram a criação de bolsas para a frequência de mestrado em ensino, a criação de incentivos para alunos de outras universidades que queiram fazer o estágio na região e a revisão do Estatuto da Carreira Docente, tornado a carreira mais atrativa.”

No fundo, os professores começaram a ser valorizados e, em menos de três anos, já foram integrados em quadro 572 docentes”, recordou.

A parlamentar admite que ainda há muito por fazer, mas reconhece que se  “vive um clima de paz na área da Educação, nos Açores, ao contrário do que acontece em território nacional, em que já há greves convocadas para o arranque do ano letivo, com enorme prejuízo para os alunos, fazendo antever mais um ano marcado pela contestação dos docentes, à semelhança do anterior”, concluiu.