O PSD de Angra do Heroísmo alertou hoje para “o descontrolo na gestão da recolha de resíduos por todo o concelho, uma situação que se arrasta há tempo demais, e que é preocupante em pleno mês de agosto, com a autarquia a ser incapaz de uma resposta efetiva e imediata na sua resolução”.
Segundo Magda Ávila, vice-presidente da estrutura social-democrata, “a situação é grave do ponto de vista ambiental, da saúde pública e da imagem do concelho,até porque a autarquia parece demitir-se das suas competências na matéria, pois sendo um serviço concessionado, o município tem o dever de assegurar o seu eficaz funcionamento”.
“Há depósitos de reciclagem a transbordar por todas as freguesias de Angra do Heroísmo, o que pode atrair pragas e roedores, assim como pode fazer com que a população deixe de reciclar”, diz aquela responsável do PSD.
“Por mais campanhas de combate a pragas e roedores, por mais campanhas de incentivo e informação à reciclagem, se não é possível assegurar o mínimo, que é a recolha atempada, eficiente e eficaz dos depósitos, de pouco ou nada servem tais ações”, refere Magda Ávila.
Para a social-democrata “não é esta a imagem que se deseja, de todo, para promover o concelho de Angra do Heroísmo. Nem tão pouco é esta a imagem de uma localidade que se pretende ambientalmente responsável. É urgente resolver esta situação”, defende.
“Mas este é também um exemplo da falta de recursos humanos, cada vez mais evidente, no Município de Angra do Heroísmo, uma situação que o PSD já denunciou várias vezes, apelando para uma política de recursos humanos diligente e previsível, a médio e longo prazo”, explica a dirigente.
“A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo foi rápida a avançar com uma reformulação orgânica do seu funcionamento, que assegurou chefias de confiança à vereação, mas revela-se lenta, muito lenta mesmo, em assegurar os quadros mínimos de pessoal operacional, pessoal técnico e de apoio administrativo, e em agilizar procedimentos, como esta situação com que hoje nos deparamos exige”, aponta Magda Ávila.
“Não nos parece que seja este o legado que Álamo Meneses pretenda deixar nos seus últimos anos como Presidente de Câmara. Mas esta realidade pode indicar que já estamos num mandato de sucessão, e que a mesma não parece responder em condições aos interesses dos angrenses”, concluiu a social-democrata.