A deputada do PSD/Açores Ana Quental apoia “a criação de um projeto-piloto para a implementação de um rastreio do cancro do pulmão, no âmbito da abordagem da prevenção secundária em saúde, a efetuar em indivíduos pertencentes ao grupo de alto risco”.
A parlamentar social-democrata falava na Assembleia Legislativa Regional durante o debate acerca da medida proposta pelo PAN, na Horta.
Ana Quental encara o projeto-piloto como “mais sensato e realista, numa primeira fase, tendo em conta a complexidade das características arquipelágicas, a par dos equipamentos de diagnóstico e respetiva logística”, adiantou.
A seu ver, a partir deste projeto será “possível perceber os eventuais constrangimentos e dificuldades na sua operacionalização, para que num futuro próximo, possa ser uma realidade acessível a toda a população com alto risco de desenvolver o cancro do pulmão”.
Em simultâneo, advertiu para a “importância destes rastreios serem consequentes. Ou seja, para além de todos os procedimentos iniciais, há que ter em conta as respostas e encaminhamentos perante um rastreio suspeito”.
A deputada do PSD/Açores considera ainda que “embora este tipo de rastreio seja economicamente dispendioso, é sempre mais barato que os tratamentos não curativos do cancro do pulmão”.
Ana Quental realça também que “a prevenção através do rastreio faz ainda mais sentido, porque os Açores são a Região do país onde mais se morre por cancro de pulmão”.
Segundo a parlamentar social-democrata, “a importância do rastreio reside em proceder a um diagnóstico numa fase inicial, em que a taxa de sobrevivência pode ir até aos 70%. E no caso do cancro do pulmão, ganha maior relevância, pois evolui de forma silenciosa, uma vez que a sintomatologia só é referida numa fase tardia”.
Por outro lado, a deputada do PSD/Açores salientou que “os rastreios são parte da solução, podendo trazer ganhos à saúde. Mas não eliminam a causa da doença”, acrescentando que “a prevenção primária é de extrema importância quando se fala de cancro do pulmão”.
Para Ana Quental, “a prevenção primária passa não só por medidas restritivas, mas essencialmente pela melhoria da literacia em saúde, promovendo estilos de vida saudáveis, campanhas e consultas de cessação tabágica”, concluiu.