PSD/Açores afirma que “medidas avulsas” são ineficazes no combate às dependências

O deputado do PSD/Açores Flávio Soares afirmou hoje que a problemática como as dependências “não se resolve de um dia para o outro com medidas avulsas como nos apresenta o PS, impondo-se respostas mais eficazes”.

O parlamentar social-democrata falava no debate sobre a prevenção e combate às dependências, na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta.

Flávio Soares defende assim que “o Plano Regional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e Dependências, que esteve em consulta pública, determina uma intervenção mais organizada, mais planeada e operacional”.

Isto é, a iniciativa que esteve em discussão “assenta em pontos que estão já a ser executados por este Governo”, realçou, acrescentando que ”o Governo Regional já está a dar resposta, através da convenção de Comunidades Terapêuticas pela Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências”.

Além disso, reforça Flávio Soares, “o tratamento em Comunidade Terapêutica tem seguido os seus trâmites e não existe lista de espera de doentes para encaminhamento como refere o Partido Socialista”.

Em simultâneo está a “ser desenvolvido trabalho por equipas no terreno ao nível da prevenção, dissuasão, tratamento e reinserção dos doentes na sociedade e que comprovam que esta é, efetivamente, uma prioridade para este Governo Regional”.

O deputado eleito por São Miguel admite que “a realidade no que toca aos comportamentos aditivos e dependências assume contornos preocupantes, com especial enfoque no aumento dos consumos de novas substâncias psicoativas”.

O parlamentar social-democrata advoga assim que “temos de olhar para o problema com determinação e responsabilidade, que exige o compromisso de todos, um compromisso político sério e responsável”.

E lembrou que “as dependências são um problema que já́ existe há́ muito tempo, não tendo apenas surgido agora, apesar de ser cada vez mais visível na nossa sociedade”.

Daí que, aponta Flávio Soares, “é bom recordar que houve um desinvestimento na contratação de recursos humanos durante os últimos anos de governação socialista para estas áreas”.

O parlamentar social-democrata relembrou “que a herança que o PS deixou, em 2020, foi de um rácio de 5 psiquiatras por 100.000 habitantes, quando a nível nacional é de 13 psiquiatras por 100.000 habitantes, quando a recomendação é de 17 psiquiatras por 100.000 habitantes, portanto, ficando muito aquém do que é recomendado”.

Prova da “desvalorização do Partido Socialista atribuída à problemática é a extinção da Direção Regional de Prevenção e Combate às Dependências, um ano após o início da legislatura de 2012 a 2016, demonstrando que o Governo liderado pelo deputado Vasco Cordeiro, não tinha esta matéria nas suas prioridades”.

“Este Governo Regional está a trilhar o seu caminho neste combate, adequando a ação aos problemas com se depara e os resultados estão à vista, nomeadamente, por exemplo, com a contratação de mais profissionais de saúde”, concluiu o parlamentar social-democrata.