Ensino Profissional. Governos açorianos do PS criaram os problemas que afetam o setor

A deputada do PSD/Açores Guilhermina Silva considerou hoje que “os atuais problemas que afetam o Ensino Profissional na Região foram causados pelos sucessivos governos do Partido Socialista, que se demitiram de apostar naquele nível de ensino”.

“Por um lado, os governos do PS prometiam mundos e fundos para o Ensino Profissional. Por outro, cortavam o financiamento das escolas, provocando uma lamentável redução do número de cursos”, recorda a social-democrata.

“Foi com os governos socialistas que se criaram escolas sobredimensionadas, e foram os mesmos governos socialistas que retiraram recursos a essas mesmas escolas. De 2012 até 2020, perderam-se mais de 30 cursos profissionais nos Açores”, lembra.

“Os dados não mentem: na última década e meia, assistiu-se a uma redução de quase 30% no número de cursos profissionais na nossa Região. Enquanto elogiavam o Ensino Profissional, os governos regionais do PS recusaram fazer os diagnósticos necessários sobre as áreas em que se devia apostar”, diz a deputada do PSD/Açores.

“A situação em que algumas Escolas Profissionais se encontram não é de agora. Trata-se de uma realidade que se arrastou durante anos, sem que o PS tivesse feito nada para a alterar”, afirma Guilhermina Silva, sublinhando que é o atual Governo da Coligação (PSD, CDS-PP e PPM) “que está a relançar o Ensino Profissional no arquipélago, para inverter o processo de declínio para que o mesmo foi atirado pelos anteriores executivos”.

“Os executivos do PS anunciaram sucessivos reforços da oferta formativa nas Escolas Profissionais, sem nunca os levar a cabo. Este Governo tem a plena consciência do que há para fazer e que estratégia seguir”, garante a parlamentar.

“Já estamos a proceder à elevação do nível de formação e qualificação, que visa as novas gerações de açorianos. E isso está a ser feito por este Governo”, avança, atalhando que “foram os governos do PS que impuseram fortes limitações ao financiamento do Ensino Profissional, não permitindo a abertura de mais cursos”.

“Isso fez com que muitas Escolas Profissionais ficassem a trabalhar a menos de 50% da sua capacidade, mesmo se havia procura para os cursos”, diz também Guilhermina Silva, ciente de que, com a atual tutela, “há uma garantia de que não foi em vão o contributo que as escolas já deram no passado”.

Para a deputada, a atual Agenda Regional para a Qualificação Profissional “é a expressão concreta da estratégia para o Ensino e Formação Profissional, definida em parceria com as Escolas Profissionais da Região”.

“E isso foi levado a cabo por um Governo que, tendo a consciência do período de transição entre quadros comunitários, criou um mecanismo que permite às escolas profissionais recorrerem a financiamento bancário, suportando o Governo os respetivos encargos financeiros resultantes dessa operação de financiamento”, acrescentou.

“É um mecanismo alternativo, que permitirá viabilizar o normal funcionamento das Escolas Profissionais, particularmente no que respeita aos cursos de formação objeto de financiamento comunitário, nomeadamente através do Fundo Social Europeu”, reforça Guilhermina Silva.

“Continuamos a confirmar a disponibilidade das Escolas Profissionais pela valorização e diversificação da sua oferta formativa, ajustada naturalmente às necessidades da Região”, diz igualmente a social-democrata, para quem, “só com aquelas escolas será possível melhorar a competitividade da economia açoriana, elevar o nível de qualificação, melhorar a empregabilidade e promover a inclusão social”, concluiu.