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A deputada do PSD/Açores Elisa Sousa saudou ontem a revogação da taxa turística, aprovada na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta.

A parlamentar social-democrata defendeu que a taxa turística “não traz vantagem competitiva ao destino Açores”, entendendo que a “instabilidade dos mercados por conta da guerra e da crise inflacionista tornam a atividade extremamente vulnerável”.

Elisa Sousa considerou que embora se assista a “um maior número de hóspedes, mais dormidas e mais receitas, não é possível concluir ainda que os Açores constituem um destino consolidado”, admitindo que a atual conjuntura económica e social podem representar “uma dificuldade adicional aos consumidores, quer por via da redução dos seus rendimentos, quer pela insegurança e clima negativo”.

A deputada do PSD/Açores eleita por Santa Maria afirmou que “é necessário continuar a criar condições para que se possa dotar o destino com mais qualidade, maior sustentabilidade e um valor acrescentado dos seus produtos de excelência, ao longo dos próximos anos”.

Por esse motivo, para Elisa Sousa, “este caminho não se faz com a aplicação de uma taxa turística regional, considerando que a taxa turística poderia ter associada uma carga negativa, a qual não corresponde diretamente à prestação de um serviço, numa lógica de em que o utilizar paga o serviço prestado”, destacou.

Tanto assim é que “os pareceres das mais diversas entidades ligadas ao setor também não deixam dúvidas, a aplicação de uma taxa turística regional não vai ao encontro da estratégia definida pela região”.

Para além disso, “a aplicação da taxa turística regional não irá combater nem a pressão turística que já existe em alguns pontos de visitação, nem a sazonalidade do destino turístico”, constatou Elisa Sousa.

A deputada do PSD/Açores reconhece, por outro lado, “que é necessário adotar medidas e estratégias para combater a pressão que existe em alguns pontos turísticos, controlando os seus fluxos e impactos, assim como é necessário continuar a dotar a região de condições para receber os nossos turistas, acrescentando valor nos serviços prestados, garantindo um destino turístico sustentável e de qualidade”.

A revogação da taxa turística apresentada pelo Chega, surge numa altura em que “é preciso continuar a combater a sazonalidade”, a prioridade passa por “criar atratividade e não implementar uma taxa”, rematou a parlamentar social-democrata.