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A deputada do PSD/Açores Elisa Sousa destacou hoje a estratégia definida para o setor turístico em Santa Maria, revelando resultados positivos ao nível das receitas para os empresários da ilha, em 2022.

A parlamentar social-democrata falava durante a sessão de perguntas ao Governo com resposta oral, apresentadas pela representação parlamentar da Iniciativa Liberal, na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta.

Elisa Sousa não hesita ao afirmar que “a redefinição das acessibilidades por via dos transportes marítimos e aéreos de passageiros para Santa Maria, permitiu um ganho para os marienses” e coloca os números em cima da mesa.

“No mês de junho de 2019, lugares utilizados na SATA: 6954. Lugares utilizados de barco: 1146. Lugares oferecidos pela SATA em 2022: 10 440”, apontou a deputada do PSD/Açores eleita por Santa Maria.

Para a parlamentar social-democrata, “tal significa que os lugares oferecidos pela SATA em 2022, no mês de junho, foram efetivamente superiores aos lugares utilizados em 2019 em transporte aéreo e marítimo de passageiros, só em quatro meses: junho, julho, agosto e setembro”.

Quer isso dizer que, indica Elisa Sousa, “os lugares disponíveis foram superiores, enquanto a taxa de ocupação foi de 78% de acordo com os dados disponíveis, ou seja, havia capacidade para mais, ainda que em alguns períodos específicos tenha havido constrangimentos por falta de lugares disponíveis, sendo necessário o recurso a voos extraordinários.”

A evolução das acessibilidades, em tão curto espaço de tempo, permite concluir que “se não olhássemos para trás, não teríamos terminado com a linha amarela que era dispendiosa e não servia os interesses dos marienses”, sublinhou.

Por outro lado, embora se verifique “uma redução no número de passageiros embarcados e desembarcados, com reflexos nas dormidas e nos hóspedes”, admite ser necessário “proceder a uma análise com maior ponderação”.

É que, segundo Elisa Sousa, onde se regista uma maior redução “é no parque de campismo, com decréscimo de 3174 dormidas, por conta da falta do transporte marítimo de passageiros”, refletiu, salientando que em contrapartida, “ao nível da hotelaria tradicional, subiu em 1004 dormidas”.

“Houve uma redução de dormidas, mas um aumento das receitas”, destacou a deputada do PSD/Açores.

Em matéria do parque habitacional, a dirigente da bancada parlamentar social-democrata lamentou a insuficiência da oferta em Santa Maria, “fruto da inércia das governações socialistas”.

E recordou um requerimento dirigido ao Governo Regional no início da legislatura, sobre a situação do parque habitacional da zona envolvente do aeroporto de Santa Maria, entre 2013 e 2020.

“A resposta obtida foi a de venda de 78 habitações no valor de 1,4 ME. Foram celebrados quatro contratos de arrendamento com opção de compra no valor de 264 mil euros. Em termos de intervenções, ascenderam a um investimento no valor de 341 mil euros”.

Ou seja, “o anterior Governo podia ter utilizado o valor das receitas para investir mais de um milhão de euros no parque habitacional do aeroporto e muito possivelmente hoje não teríamos habitações degradadas como as que lá se encontram” disse Elisa Sousa.

A parlamentar saudou a criação de um grupo de trabalho pelo atual executivo para “definição de uma estratégia concertada para garantir a aplicação dos cerca de 7 milhões de euros definidos no PRR para o parque habitacional do aeroporto”, concluiu.

Parcerias estratégicas, atividades fundamentais ao desenvolvimento social e crescimento económico, investimentos públicos estruturantes, constituíram os três grandes temas da sessão de perguntas sobre a ilha de Santa Maria.