O deputado à Assembleia da República Francisco Pimentel defende um reforço de meios para a Base Aérea nº4, nas Lajes, no âmbito “de garantir todo o potencial geostratégico daquela estrutura, como se comprova com a instalação e ação do Atlantic Centre”, afirmou.
O deputado esteve no encerramento do II Curso de Segurança Marítima, promovido pelo Atlantic Centre, uma edição dedicada à “Segurança Marítima e Segurança Humana”, que teve lugar na Base das Lajes, contando com oradores portugueses e estrangeiros, representando a NATO, a ONU, a União Europeia, e várias instituições académicas internacionais.
“O facto de termos aquele projeto [Atlantic Centre] sedeado nas Lajes é demonstrativo do potencial geostratégico da Base, que devia ver a sua importância reforçada, com mais meios e outras responsabilidades. Esse é um caminho necessário e que deve ser trilhado”, adiantou o parlamentar.
Para Francisco Pimentel, o Atlantic Centre “é um investimento essencial de Portugal em prol da segurança do Atlântico, pela paz e pela estabilidade, precisamente numa das áreas com maior valor estratégico para o país, para a Europa e para o Atlântico Norte”, afirmou.
O deputado açoriano entende que “o ideal seria termos uma Base das Lajes com mais equipamentos, com mais aviões, com mais helicópteros, possivelmente com uma zona de treino de aviões de combate, que pudesse funcionar sem constrangimentos”, referiu.
“Ouvimos os responsáveis governativos dizer que os meios atuais não são suficientes, e os cidadãos açorianos também consideram que não são suficientes, pelo que, em prol da defesa do território nacional, e igualmente acrescentando mais missões e responsabilidades à Base das Lajes, deve assegurar-se esse reforço. Afinal as crescentes responsabilidades de Portugal no Atlântico impõem que assim seja”, concluiu Francisco Pimentel.
O curso realizado na Base das Lajes foi dirigido a 30 auditores de nove países atlânticos, nomeadamente Angola, Brasil, Camarões, Estados Unidos da América, Gana, Guiné-Bissau, Marrocos, Portugal e Senegal.