O grupo parlamentar do PSD/Açores salientou hoje o trabalho do Governo Regional “em defesa das ‘gateways’ do Faial, Pico e Santa Maria para o Continente, reivindicando a sua manutenção junto do Governo da República”.
Para os deputados Salomé Matos (Faial), Marco Costa (Pico) e Elisa Sousa (Santa Maria), “ficou clara a atitude institucional do governo regional perante o Governo da República em todo este processo, o que saudamos”, disseram, sobre a manutenção das ligações aéreas diretas daqueles aeroportos ao Continente.
Segundo aqueles parlamentares, a manutenção das ‘gateways’ do Faial, Pico e Santa Maria “é fundamental para alavancar a mobilidade dos açorianos residentes naquelas três ilhas, contribuindo para o desenvolvimento harmónico da Região e para a convergência económica”.
Salomé Matos salientou que se trata “de um problema que se vinha arrastando desde 2015 e que foi graças à insistência deste Governo Regional que, finalmente, avançou a negociação das Obrigações de Serviço Público (OSP) e o pagamento das indemnizações compensatórias à SATA pelo transporte efetuado nesse âmbito”.
Recorde-se que o atual modelo de OSP não prevê a atribuição de indemnizações compensatórias aos operadores, levando a SATA Internacional–Azores Airlines a acumular prejuízos superiores a 40 milhões de euros no âmbito do serviço prestado nas três ‘gateways’ da Região.
A deputada faialense acrescentou que “se o Governo dos Açores foi capaz de resolver este problema em dois meses, é também caso para lembrar que o anterior executivo – do Partido Socialista – demorou anos a tentar arranjar uma solução, sem sucesso”, frisou.
Também Elisa Sousa sublinhou a manutenção “do princípio de continuidade territorial, numa valia acrescida para a mobilidade dos açorianos”, lembrando que “foi também este governo a promover a ‘Tarifa Açores’ e a garantir o incremento no número de voos, resolvendo questões que vinham da governação socialista”.
“Foi este Governo dos Açores a fazer um trabalho de sensibilização perante o Governo da República nesse sentido, sendo que a falta de respostas fez esgotar as vias de diálogo, obrigando à intervenção direta do Presidente do Governo junto do Primeiro-Ministro”, lembrou.
Já Marco Costa criticou o posicionamento do Partido Socialista, “que não reconheceu o trabalho que o Governo Regional fez, com credibilidade e a bem das populações destas ilhas e dos açorianos”, frisando que “todos os momentos têm servido ao PS para fazer guerrilha política, e isso é lamentável”.
Alertando que “o trabalho tem de continuar”, o social-democrata insistiu, face aos argumentos da bancada socialista, que “não é essa atitude que faz a união dos Açores perante a República”, concluiu o deputado social-democrata.