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O cabeça de lista da AD/Aliança Democrática às eleições Legislativas de 30 de janeiro, Paulo Moniz, alertou para a necessidade “de se salvaguardar para a Região os direitos de todas as descobertas científicas no Mar dos Açores, sob o risco de outros lucrarem com essa nossa riqueza”, afirmou.

O candidato falava após reunir com o grupo de investigação marinha “Okeanos”, da Universidade dos Açores, onde foi acompanhado por Francisco Pimentel e Ilídia Quadrado, números 2 e 3 da lista, respetivamente.

No encontro foi realçada “a importância da investigação científica na alçada da Universidade dos Açores em tudo o que está relacionado com o Mar dos Açores”, com Paulo Moniz a dizer que aquela academia tem de “manter e aumentar a sua capacidade e conhecimento nas áreas de investigação do mar profundo em curso”

“Mas também acompanhar as novas descobertas de seres vivos que acontecem nos mares açorianos, porque elas identificam organismos que podem vir a ser utilizados, por exemplo, na indústria farmacêutica, cosmética ou produtos avançados”, frisou.

O candidato alertou para o facto de “se essas novas descobertas não forem patenteadas, assim como salvaguardados os seus direitos, podemos correr o risco de, nas gerações vindouras, a riqueza criada com base nesses organismos, ou seja, o seu valor acrescentado, não reverta a favor dos Açores e dos açorianos”, disse.

Uma defesa que “também se pode fazer dotando a Universidade dos Açores de meios, nomeadamente um navio, com capacidade de mapear o subsolo em grande profundidade, georreferenciar os metais preciosos que já sabemos que existem, inventariar e, com base no seu estudo, apontar soluções de aplicação e valorizar o mar que nos rodeia”, adiantou o cabeça de lista da AD/Aliança Democrática.

Sobre a Lei do Mar, “é fundamental que se cumpra o que está no estatuto político-administrativo da Região Autónoma dos Açores, particularmente no seu artigo8º, visando uma verdadeira cogestão entre o Estado e os Açores, naquilo que ao mar e às suas riquezas diz respeito”, pugnou Paulo Moniz.

De igual forma, “não podemos deixar perder de vista que, a verificar-se a concretização da extensão da plataforma continental terrestre em curso, os Açores passam a ter, a participar e a dar ao país, uma zona económica exclusiva com quase 4 milhões de quilómetros quadrados, ou seja comparável à do Brasil”, lembrou o cabeça de lista da AD/Aliança Democrática.