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A deputada do PSD/Açores Sabrina Furtado considerou lamentável a tentativa do Partido Socialista de “aproveitamento político” da tragédia ocorrida na Povoação devido ao mau tempo a 25 de junho, lembrando que é consensual que “tudo o que poderia ser feito foi feito”.

“Como reconheceu o próprio presidente da Câmara Municipal, a presença do presidente do Serviço Regional de Proteção Civil na Povoação, no dia 25 de junho, não teria alterado o desfecho das operações. Esta audição parlamentar solicitada pelo Partido Socialista sobre o assunto é perfeitamente despropositada e um claro aproveitamento político da tragédia que aconteceu”, afirmou Sabrina Furtado, em reunião da Comissão de Política Geral da Assembleia Legislativa dos Açores.

A parlamentar social-democrata salientou, citando o presidente da Câmara Municipal da Povoação, que “tudo o que poderia ser feito foi feito” nas operações de busca das vítimas do temporal ocorrido a 25 de junho.

“Nunca imaginei que alguma vez se discutisse desta forma, como fez o Partido Socialista, um dia muito triste para algumas famílias da Povoação. Nunca o PSD pôs em causa, quando era oposição, decisões de coordenação da Proteção Civil”, sublinhou.

Sabrina Furtado recordou que o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil “é o coordenador e não um operacional”, tendo ainda destacado a “competência” do inspetor coordenador que esteve no terreno durante as operações de resgate, cujo trabalho foi também elogiado pelo presidente da Câmara Municipal da Povoação.

A parlamentar realçou ainda o facto de o presidente da Câmara Municipal da Povoação ter admitido que nunca solicitou a presença do presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, “o que, por si só, retira qualquer sentido à audição parlamentar proposta pelo PS”.

Já o deputado do PSD/Açores Carlos Ferreira referiu que o próprio Partido Socialista reconheceu que “foram cumpridas todas as regras de atuação” em termos de Proteção Civil.

“É condenável que, numa tragédia em que se perderam vidas humanas, o Partido Socialista só quisesse saber onde é que esteve o presidente do Serviço Regional de Proteção Civil, que se encontrava a coordenar as ações no Centro de Operações. O importante era saber se todos os protocolos foram seguidos e se a operação foi bem conduzida, e isso ficou demonstrado nesta audição”, disse o parlamentar social-democrata.