O deputado açoriano na Assembleia da República Paulo Moniz considerou este fim de semana, sobre a Conferência do Futuro da Europa, que as respostas aos novos desafios da Europa “exigem o compromisso e a participação de todos, pois só assim atingiremos uma solidariedade de facto”, disse.
“É necessário responder à questão: O que é que a Europa pode fazer por nós no futuro? Tem de encontrar respostas envolvendo e incluindo os cidadãos como membros participantes e integrantes deste ciclo de sessões plenárias é o grande desiderato da conferência sobre o futuro da Europa”, adiantou o social democrata.
“O desafio da transição digital, o desafio das alterações climáticas, o desafio da qualificação e preparação para empregos e necessidades do mercado de trabalho ainda não conhecidas nem inventadas, são imensos e exigem que todos participemos para minimizar a incerteza e erro”, sublinhou o parlamentar.
Paulo Moniz esteve a representar o Grupo Parlamentar do PSD, através da Comissão de Assuntos Europeus, na sessão plenária inaugural da Conferência sobre o Futuro da Europa, um ciclo que se iniciou na passada semana e que decorre até à Primavera de 2022.
O deputado do PSD/Açores na República defende que o desafio da solidariedade de facto “só pode ser atingido através de um desenvolvimento económico, social, tecnológico, da saúde e do combate à pandemia de forma inclusiva, que não deixe ninguém para trás”.
“Precisamos de uma Europa que responda de forma vigorosa e consistente às diferentes debilidades e necessidades de cada membro, de cada região e de cada minoria, especialmente as mais remotas e isoladas”, afirmou.
Paulo Moniz lembrou mesmo que a Declaração de Schuman – de 9 de maio de 1950 -, “um documento fundacional dos princípios basilares da União Europeia (UE), diz que a Europa não será feita de uma só vez, mas antes através de realizações concretas que criem uma solidariedade de facto”, frisou.
“É este desígnio, esta convicção da utilidade e importância da UE, presente no discurso visionário de Schuman, que nos convoca a todos a olhar para as RUP, no caso de Portugal para as regiões autónomas dos Açores e Madeira, revendo-se na União Europeia, e contando com ela e com a sua solidariedade de facto para o combate à crise sanitária da Covid-19”, referiu.
“E isso deve fazer-se através de uma priorização da disponibilidade de vacinas e de um apoio económico específico e direto que reforce e complemente as ajudas nacionais já definidas”, exemplificou o deputado social democrata.
A Conferência sobre o Futuro da Europa foi criada para responder à questão dos cidadãos europeus “o que é que a Europa pode fazer por nós?” em relação aos desafios ambiciosos do nosso futuro coletivo próximo.