Aeroporto da Horta. Ilídia Quadrado diz que ampliação da pista é uma oportunidade que tem de ser aproveitada

A deputada do PSD/Açores na Assembleia da República, Ilídia Quadrado, questionou o Governo para saber o ponto de situação do estudo sobre a ampliação da pista do Aeroporto da Horta, “uma obra que se mantém na incerteza, o que prejudica a economia do Faial e da Região”, considera.

Falando na audição regimental ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação, a social democrata recordou que o parlamento recomendou ao Governo, em 2019, “a adoção de medidas urgentes para a ampliação da pista e para a melhoria da capacidade operacional do referido Aeroporto”.

“Até hoje, sabemos que a ANA/ VINCI confirmou que vai avançar com obras por questões de segurança, pelo que se devia aproveitar a oportunidade para realizar a tão desejada ampliação”, defende Ilídia Quadrado.

E foi isso que a deputada açoriana disse ao Governo, insistindo que os motivos para a ampliação da pista “vão muito para além das restrições que as RESA poderão solucionar, pois há inúmeros constrangimentos provocados pelo seu insuficiente comprimento, que poderiam ser resolvidos com uma ampliação até, pelo menos, aos 2050 metros”, referiu.

“Os atuais condicionalismos penalizam a economia da ilha e, por conseguinte, dos Açores” e, “nos últimos Orçamentos de Estado, o artigo inscrito não nos elucida claramente sobre o que se pretende”, critica a parlamentar.

“Perante as respostas pouco claras do Governo, consideramos essencial que se esclareçam os faialenses e os açorianos”, adianta Ilídia Quadrado, para quem “dizer que as questões devem ser separadas, que o investimento da ANA deve estar concluído em 2023, e que há preocupação face à reestruturação e renovação da frota da SATA é muito pouco”, afirma.

A deputada ficou a saber, pelo Secretário de Estado Adjunto e das Comunicações, “que o diagnóstico atual não é de todo satisfatório, pois o estudo que existe – da Câmara Municipal da Horta – foi avaliado pelo LNEC e pela ANAC, e ambas concluíram que os custos estão subavaliados. Ou seja, a obra custará muito mais do que a estimativa inicial de 35 a 40 milhões de euros”, revela.

Ilídia Quadrado diz também que “o Governo está ainda a tentar perceber se aquela despesa é elegível no próximo quadro comunitário de apoio, no PT 20-30, estando em curso esforços para encontrar uma fonte de financiamento europeia que possa resolver o problema”, explica.

“Mas a verdade é que é necessária uma solução para o comprimento da pista, e as iniciativas levadas a cabo pelas várias entidades têm sido demoradas e inconclusivas. A ilha do Faial e os Açores precisam de mais do que isso”, concluiu a deputada do PSD/Açores.