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Bruno Belo, cabeça de lista do PSD/Açores pelas Flores às eleições regionais de 25 de outubro, quer uma estratégia “séria e com visão de futuro” para a Agricultura da ilha.

O candidato reuniu com a Associação Agrícola da Ilha das Flores e considera que “há uma clara falha das entidades regionais a esse nível”, atendendo a que a Agricultura “depende diretamente dos outros setores de atividade, e da mesma forma que esses setores foram afetados pela pandemia a Agricultura também o foi”.

“Mas, até agora, não houve uma única palavra do Governo Regional para tentar perceber e atenuar a baixa do preço da carne em 30 cêntimos relativamente ao ano passado, por exemplo”, refere.

“E isso tem um impacto enorme no rendimento das explorações agrícolas. Podemos mesmo falar numa diminuição de 20% na venda”, explicou o social democrata.Bruno Belo alerta também para “a falta de ambição do executivo face ao que vai ser o próximo quadro comunitário, o que cria uma grande incerteza entre os agricultores relativamente ao futuro”.

“Há dias em que o Governo diz que vai lutar para aumentar o envelope financeiro para os Açores, noutros dias refere que já não seria mau manter o que temos, e há ainda outros dias em que refere que poderá haver um corte de 3,9%. Ora, essa incerteza é inadmissível e revela a tal falta de visão para o futuro”, sublinha o candidato.O social democrata falou igualmente do programa de reformas antecipadas, “que surge sempre em vésperas de eleições, Foi assim em 2016 e é assim em 2020”, confirmando que o Governo “pretende apenas gerir expectativas eleitorais e não um verdadeiro rejuvenescimento da atividade agrícola nos Açores”.

“A maior prova disso é um crivo tão apertado que se criou, e que torna residual o número de candidaturas, Nas Flores, por exemplo, havia inicialmente 13 potenciais candidaturas, mas agora só 3 desses agricultores manifestaram intenção de avançar”, relata.

Bruno Belo lembra que existem na ilha lembrar, “na faixa dos 18 aos 29 anos 3 agricultores. Dos 30 aos 39 anos são 27, dos 40 aos 49 anos são 62, e dos 50 aos 59 anos são 89”.

“Temos uma média de idade de 53 anos no setor, e não foram consideradas as especificidades das ilhas mais pequenas como as Flores, onde quem recebe é obrigado a ser agricultor a título principal. O Governo parece que chegou agora às Flores e que não conhece a nossa realidade”, concluiu o cabeça de lista pelo PSD.